sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Métodos Naturais de Indução do Parto

É o bebê que deve dar o sinal para iniciar o trabalho de parto, ele libera hormônios que iniciam o trabalho de parto, estimulando o hipotálamo da mãe a produzir naturalmente a oxitocina, que por sua vez provoca as contrações uterinas.

Não existe uma data fixa para o nascimento e não há razão para se pensar que um bebê tem forçosamente que nascer até as 40. Deve-se considerar um período provável para o nascimento (entre as 38 e as 42 semanas após o primeiro dia do último período menstrual) e não uma “data prevista”, pois isso simplesmente não existe. Ainda assim, no final de uma gestação prolongada, deve-se acompanhar com maior atenção o bem-estar do bebê, contando os movimentos, ouvindo o coração diariamente, verificando se há perdas de líquido com cor esverdeada, fazendo uma ecografia em caso de ansiedade ou dúvidas.

Esta ansiedade faz mal á mãe e ao bebê.
A angústia não vai adiantar o parto e a impaciência só atrapalha a grávida e o desenvolvimento do bebê.
Se ainda não chegou ás 40 semanas descontraia, se já passou pode tentar:

*Sexo com penetração e orgasmo para os dois: o sêmen tem prostaglandinas
(hormônios associados ao trabalho de parto) e o orgasmo feminino além de
estimular a produção de ocitocina (outro hormonio encontrado no trabalho de parto) estimula as
contrações uterinas. Entretanto, após o rompimento da bolsa das águas não é aconselhável que se pratique este método pois aumenta os riscos de infecção.

*Caminhar: sobretudo no início das contrações para que o trabalho de parto se instale de vez, mantendo-se na vertical e agachando-se quando chegarem as contrações.

*Estimulação dos mamilos ou com o parceiro no banho ou no quarto sozinhos (também de maneira prazerosa). Pode-se também pedir à gestante usar uma bomba tira-leite elétrica durante 10 min. a cada meia hora, possivelmente em combinação com o uso de plantas medicinais.

*Comida apimentada, picante e condimentada, comida indiana e tailandesa por exemplo, por causa da combinação dos temperos que são também plantas medicinais, mas as nossas comidas também são boas.

*Banho quente ou morno, a água, por ser efeito relaxante pode estimular o trabalho de parto. Pode ser banho de banheira, no chuveiro, ou até de bacia com uma tigela. O que importa é o contato com a água. Michel Odent defende o uso da água no trabalho de parto como uma forma de aliviar e ajudar a mulher a encontrar a natureza em si mesma. A água morna também ajuda a circulação sanguinea e no relaxamento dos músculos, conseqüentemente, ajuda na dilatação.

*Acupuntura, bastante útil durante a gestação para aliviar os desconfortos normais da gravidez, durante o parto alivia a dor e facilita a dilatação, estimulando assim o trabalho de parto e parto. Recomenda-se acupunturista especializado e humanizado.

*Homeopatia, há vários remédios homeopáticos que ajudam durante o trabalho de parto e parto. É aconselhável a gestante ter acompanhamento homeopático desde o início da gestação e ser orientada por um profissional competente sobre quais remédios utilizar durante o trabalho de parto e parto, pois a homeopatia como as demais medicina naturais está estritamente vinculada à personalidade do paciente e ao seu momento espécifico de vida.

*Florais, como a homeopatia, é uma fonte de cuidados com a saúde valiosa. Necessita de orientações competentes de um profissional que analisará os casos individuais e as necessidades da gestante.

*Plantas medicinais: algumas estimulam o parto de maneira mais holística que os remédios alopáticos porque a combinação dos elementos químicos nas plantas atua em conjunto não de maneira isolada. Há vários chás como o de mentrasto, gengibre, cravo e canela. Recomenda-se a orientação de um especialista.

* Óleo de ricino é um laxante bem potente, estimulando as contrações dos intestinos estimula também as contrações uterinas. Este é o último método que as pessoas usam normalmente quando nada funcionou por que você entra em trabalho de parto com uma diarréia forte. Normalmente as pessoas misturam a dose de oléo com suco de laranja ou tem gente que faz um milk Shake.

Por Ong Amigas do Parto

Os Tipos de Parto

Antes de mais nada deveríamos nos perguntar: é possível classificar um parto por “tipo” antes dele acontecer? É possível saber como será o seu parto antes que ele termine? A resposta deveria ser não. O ideal é que só soubéssemos mesmo na hora. O natural seria que cada mulher pudesse escolher durante o parto a posição que para ela, naquele momento, fosse a mais fisiológica e favorecedora para o nascimento. Se o bom é continuar dentro da banheira com água, acocorar-se ou deitar. E só saber se irá para uma cesariana em caso de real necessidade, o que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) deveria corresponder a apenas 15% dos partos, incluindo aí as gestações de maior risco.

Hoje ouvimos falar em vários “tipos de parto:” parto normal, parto vaginal, parto natural, cesárea, parto a ferro (fórceps), parto na água, parto Leboyer, parto sem dor, parto humanizado, parto de cócoras, e assim por diante. Antes de explicá-los é importante pensar de onde surgiram as classificações dos “tipos de parto” de que hoje tanto ouvimos falar.

A separação dos partos por tipos é relativamente recente e só aconteceu como conseqüência do nosso sistema obstétrico, ou seja, depois que a maioria dos partos passou a ocorrer dentro do ambiente hospitalar, há aproximadamente 70 anos . Desde então o parto passou a ser feito quase que exclusivamente pelos médicos, em macas horizontais, com mulheres em posição ginecológica. A partir daí a classificação ficou óbvia: “Parto Normal” ou “Cesariana”. Não havia alternativas, ou a mulher se adaptava a parir nas condições padronizadas ou ia para a cesárea.

As condições padronizadas hospitalares sob as quais as mulheres deveriam tentar o parto normal eram: separação do companheiro, salas de pré-parto coletivas sem privacidade, impossibilidade de movimentação, soro com hormônios e intervenções para acelerar o parto, período expulsivo com a mulher deitada de costas e pernas amarradas na perneira (o que reduz em 40% o espaço para a passagem do bebê e diminui a circulação para mãe e feto), comandos para fazer força, equipe pressionando barriga da mulher, corte rotineiro no períneo, entre outros.

Estas condições padronizadas para o parto infelizmente ainda são comuns na maioria dos hospitais brasileiros. Muitas mulheres chamam criticamente o parto normal hospitalar, com todas as suas intervenções de rotina, de “parto vaginal hospitalar”; já pouco ele apresenta de “normal” ou “natural”.

Muitas vezes o parto sob estas condições ficava difícil e aplicava-se o fórceps alto (um instrumento de ferro como uma tesoura grande, com duas colheres metálicas que entram na vagina e seguram a cabeça do bebê puxando-a para fora). Esta intervenção trazia muitas vezes seqüelas para o recém-nascido e para a mãe. Ficou conhecido como “Parto a Ferro” ou “Parto Fórceps”. Hoje se utiliza apenas o fórceps de alívio, quando a cabeça do bebê está mais em baixo no canal de parto. É um ótimo recurso para acelerar o período expulsivo em casos emergenciais, se o bebê apresentar sofrimento fetal, o que é exceção e não a regra em uma gestação de baixo risco.

A partir da década de 70, no pós-segunda guerra e dentro do movimento revolucionário que se iniciou com o movimento hippie, alguns médicos e mulheres passaram a questionar o excesso de intervenções e melhores condições para dar a luz, propondo o resgate do parto como um evento fisiológico, familiar e afetivo. A partir daí surgiram as demais possíveis classificações das “formas de nascer”.

Parto Leboyer

Na França, o obstetra Frédérick Leboyer focou-se no recém-nascido e defendeu uma forma menos violenta de nascer. Foi o primeiro a considerar a importância do vínculo mãe-recém-nascido no momento do nascimento. Pouca luz, silêncio, massagem nas costas do bebê, esperar o cordão parar de pulsar para o bebê fazer a transição respiratória de forma mais suave, banho do bebê perto da mãe, amamentação precoce. No entanto seu foco era o bebê, não a mulher. Geralmente estava deitada de costas, pernas em estribos e o uso da episiotomia era rotina.

Parto de Cócoras

Janet Balaskas liderou o movimento pelo “parto ativo” em Londres, na década de 80. Trabalhava com gestantes em aulas de yoga e preparando-as para uma postura mais ativa no parto. Observou que raramente ocorriam depressões-pós-parto, problemas com amamentação ou recuperação da parturiente. Onde havia liberdade para movimentação das mulheres e elas podiam seguir seus instintos e a lógica fisiológica do corpo durante o parto, a grande maioria preferia adotar a posição vertical ou de cócoras durante a fase expulsiva, por ser mais rápido e cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê.

Desde a mais remota antigüidade as mulheres procuravam posições que facilitassem o parto. Nas gravuras antigas o mais comum é ver mulheres ajoelhadas, de cócoras, ou em banquinhos baixos de parto. De um jeito ou de outro o que se observa é que as costas estão em posição vertical. A posição das pernas é variável.

Inúmeros estudos nos últimos 70 anos mostram as vantagens da posição vertical ou de cócoras durante a expulsão:

- a área da pélvis é aumentada em até 40%, facilitando a passagem do bebê;
- o feto desce com a ajuda da gravidade;
- a eficiência do esforço muscular da mãe é muito maior nesta posição;
- as contrações uterinas são mais eficazes e, portanto, a duração do parto e a dor são menores;
- a elasticidade do períneo é menos comprometida, mantendo sua integridade;
- a posição horizontal obriga o feto a subir durante a expulsão para vencer a forma da curva pélvica, e exige da mãe um esforço muito maior para o mesmo fim;
- há uma diminuição comprovada da incidência de intervenções medicamentosas, instrumentais e cirúrgicas nos partos verticais;
- na posição horizontal a compressão feita pelo peso do feto (somado ao peso do útero, placenta e líquido) na veia cava da mãe, produz efeitos negativos na mãe e no feto, comprometendo a circulação sanguínea podendo levar ao sofrimento fetal.

No Brasil o Dr. Moysés Paciornik estudou comunidades indígenas e resgatou o parto verticalizado. Criou com seu filho Dr. Cláudio Paciornik uma cadeira para ser usada em hospitais, que permitia várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Embora não haja necessidade de cadeiras especiais para que a mulher assuma essa posição, muitos profissionais afirmam que não fazem partos de cócoras porque no hospital não existe "a cadeira para parto de cócoras" à disposição.

Para ter um parto de cócoras não é preciso ser atleta nem fazer grandes preparações. A mulher só assume a posição de cócoras (ou senta-se no banquinho de parto ou cama de parto) na fase final do parto e só durante as contrações, descansando nos intervalos. O pai pode participar do parto mais ativamente, oferecendo apoio com seu corpo atrás da mulher.

Termo que surge também na década de 80, no movimento pelo parto ativo, com a popularização das questões ecológicas e com a retomada do parto pelas mulheres. Refere-se ao parto sem medicamentos, intervenções desnecessárias e anestesia, que muitas vezes acontece em casa.

Parto na Água

O obstetra francês Michel Odent, na cidade de Pithiviers, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes e alívio da dor. Algumas parturientes se sentiam bem dentro da banheira e o bebê nascia ali mesmo. De lá para cá, o parto na água tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor, ajudando significativamente na dilatação do colo de útero. O nascimento para o bebê é muito mais suave e o períneo da mãe ganha maior flexibilidade com a água quente.

No Brasil pouquíssimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente. Mas é possível levar uma banheira inflável para o apartamento de alguns hospitais e se utilizar da água pelo menos durante o trabalho de parto.

*Para saber mais sobre o parto na água: “O Parto na Água” Cornelia Enning; editora Manole.

Parto Sem Dor

O termo tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem o sofrimento causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth.

No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio à dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidas e utilizadas antes de serem aplicados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.

Parto Humanizado

Termo atual que tem sido usado indiscriminadamente e sem uma definição real do termo. Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas de pré-natal, ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto e agora ter o direito a um acompanhante de escolha. Para alguns hospitais significa a presença de um acompanhante, música na sala de parto e a permissão de ficar alguns minutos com o bebê antes dele ser levado para o berçário.

Para o Rehuna (Rede Brasileira pela Humanização do Nascimento) e para muitos movimentos como “Parto do Princípio”, “Ong Bem Nascer”, “Despertar do Parto” entre muitos outros é devolver o papel principal do parto à mulher e promover uma atenção ao parto centrado nas escolhas e necessidades individuais de cada mulher. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São decisões informadas e baseadas em evidências científicas. O papel do médico e de toda a assistência seria a de oferecer apoio e respeitar a fisiologia do parto só interferindo se houver real necessidade e não rotineiramente.

Por Despertar do Parto

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em Março Curso Shanon para “Pais Grávidos”

Você sabia que a Shanon Enxovais oferece gratuitamente desde 1990 pioneiramente em Santa Catarina o Curso Shanon para “Pais Grávidos”?
O Curso atualmete é denominado Curso Shanon para `Pais Grávidos` já acompanhando o novo conceito de gestação que também envolve ativamente o pai neste processo e deve participar também de todos os encontros do curso.
O Curso é ministrado por profissionais altamente qualificados (médico obstetra, médico neonatologista, pediatra, enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, dentistas, entre outros.) e foi elaborado para preparar os pais nesta importante fase da vida.

O Curso é realizado em 5 encontros e aborda os seguintes temas:

- Da concepção ao nascimento
- Células tronco e o sangue do cordão umbilical
- Cuidados com a mãe após o parto
- A importância do exercício físico e da fisioterapia: Como amenizar os decorrentes desconfortos da gestação
- Aprendendo a cuidar do bebê: banho do bebê, curativo do coto umbilical, ...
- Composição do enxoval do bebê
- Orientações pediátricas pré-natal
- Desenvolvimento e estimulação do bebê
- Aleitamento materno