É o bebê que deve dar o sinal para iniciar o trabalho de parto, ele libera hormônios que iniciam o trabalho de parto, estimulando o hipotálamo da mãe a produzir naturalmente a oxitocina, que por sua vez provoca as contrações uterinas.
Não existe uma data fixa para o nascimento e não há razão para se pensar que um bebê tem forçosamente que nascer até as 40. Deve-se considerar um período provável para o nascimento (entre as 38 e as 42 semanas após o primeiro dia do último período menstrual) e não uma “data prevista”, pois isso simplesmente não existe. Ainda assim, no final de uma gestação prolongada, deve-se acompanhar com maior atenção o bem-estar do bebê, contando os movimentos, ouvindo o coração diariamente, verificando se há perdas de líquido com cor esverdeada, fazendo uma ecografia em caso de ansiedade ou dúvidas.
Esta ansiedade faz mal á mãe e ao bebê.
A angústia não vai adiantar o parto e a impaciência só atrapalha a grávida e o desenvolvimento do bebê.
Se ainda não chegou ás 40 semanas descontraia, se já passou pode tentar:
*Sexo com penetração e orgasmo para os dois: o sêmen tem prostaglandinas
(hormônios associados ao trabalho de parto) e o orgasmo feminino além de
estimular a produção de ocitocina (outro hormonio encontrado no trabalho de parto) estimula as
contrações uterinas. Entretanto, após o rompimento da bolsa das águas não é aconselhável que se pratique este método pois aumenta os riscos de infecção.
*Caminhar: sobretudo no início das contrações para que o trabalho de parto se instale de vez, mantendo-se na vertical e agachando-se quando chegarem as contrações.
*Estimulação dos mamilos ou com o parceiro no banho ou no quarto sozinhos (também de maneira prazerosa). Pode-se também pedir à gestante usar uma bomba tira-leite elétrica durante 10 min. a cada meia hora, possivelmente em combinação com o uso de plantas medicinais.
*Comida apimentada, picante e condimentada, comida indiana e tailandesa por exemplo, por causa da combinação dos temperos que são também plantas medicinais, mas as nossas comidas também são boas.
*Banho quente ou morno, a água, por ser efeito relaxante pode estimular o trabalho de parto. Pode ser banho de banheira, no chuveiro, ou até de bacia com uma tigela. O que importa é o contato com a água. Michel Odent defende o uso da água no trabalho de parto como uma forma de aliviar e ajudar a mulher a encontrar a natureza em si mesma. A água morna também ajuda a circulação sanguinea e no relaxamento dos músculos, conseqüentemente, ajuda na dilatação.
*Acupuntura, bastante útil durante a gestação para aliviar os desconfortos normais da gravidez, durante o parto alivia a dor e facilita a dilatação, estimulando assim o trabalho de parto e parto. Recomenda-se acupunturista especializado e humanizado.
*Homeopatia, há vários remédios homeopáticos que ajudam durante o trabalho de parto e parto. É aconselhável a gestante ter acompanhamento homeopático desde o início da gestação e ser orientada por um profissional competente sobre quais remédios utilizar durante o trabalho de parto e parto, pois a homeopatia como as demais medicina naturais está estritamente vinculada à personalidade do paciente e ao seu momento espécifico de vida.
*Florais, como a homeopatia, é uma fonte de cuidados com a saúde valiosa. Necessita de orientações competentes de um profissional que analisará os casos individuais e as necessidades da gestante.
*Plantas medicinais: algumas estimulam o parto de maneira mais holística que os remédios alopáticos porque a combinação dos elementos químicos nas plantas atua em conjunto não de maneira isolada. Há vários chás como o de mentrasto, gengibre, cravo e canela. Recomenda-se a orientação de um especialista.
* Óleo de ricino é um laxante bem potente, estimulando as contrações dos intestinos estimula também as contrações uterinas. Este é o último método que as pessoas usam normalmente quando nada funcionou por que você entra em trabalho de parto com uma diarréia forte. Normalmente as pessoas misturam a dose de oléo com suco de laranja ou tem gente que faz um milk Shake.
Por Ong Amigas do Parto
A todas as Mulheres - para que consigam Resgatar a prática de Parir , acreditando na força da Maternidade e da energia Feminina.Apresento aos casais que serão pais o quanto é possível facilitar o Nascimento e torná-lo mais Humanizado com ajuda de uma Doula.
Parto Humanizado
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Os Tipos de Parto
Antes de mais nada deveríamos nos perguntar: é possível classificar um parto por “tipo” antes dele acontecer? É possível saber como será o seu parto antes que ele termine? A resposta deveria ser não. O ideal é que só soubéssemos mesmo na hora. O natural seria que cada mulher pudesse escolher durante o parto a posição que para ela, naquele momento, fosse a mais fisiológica e favorecedora para o nascimento. Se o bom é continuar dentro da banheira com água, acocorar-se ou deitar. E só saber se irá para uma cesariana em caso de real necessidade, o que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) deveria corresponder a apenas 15% dos partos, incluindo aí as gestações de maior risco.
Hoje ouvimos falar em vários “tipos de parto:” parto normal, parto vaginal, parto natural, cesárea, parto a ferro (fórceps), parto na água, parto Leboyer, parto sem dor, parto humanizado, parto de cócoras, e assim por diante. Antes de explicá-los é importante pensar de onde surgiram as classificações dos “tipos de parto” de que hoje tanto ouvimos falar.
A separação dos partos por tipos é relativamente recente e só aconteceu como conseqüência do nosso sistema obstétrico, ou seja, depois que a maioria dos partos passou a ocorrer dentro do ambiente hospitalar, há aproximadamente 70 anos . Desde então o parto passou a ser feito quase que exclusivamente pelos médicos, em macas horizontais, com mulheres em posição ginecológica. A partir daí a classificação ficou óbvia: “Parto Normal” ou “Cesariana”. Não havia alternativas, ou a mulher se adaptava a parir nas condições padronizadas ou ia para a cesárea.
As condições padronizadas hospitalares sob as quais as mulheres deveriam tentar o parto normal eram: separação do companheiro, salas de pré-parto coletivas sem privacidade, impossibilidade de movimentação, soro com hormônios e intervenções para acelerar o parto, período expulsivo com a mulher deitada de costas e pernas amarradas na perneira (o que reduz em 40% o espaço para a passagem do bebê e diminui a circulação para mãe e feto), comandos para fazer força, equipe pressionando barriga da mulher, corte rotineiro no períneo, entre outros.
Estas condições padronizadas para o parto infelizmente ainda são comuns na maioria dos hospitais brasileiros. Muitas mulheres chamam criticamente o parto normal hospitalar, com todas as suas intervenções de rotina, de “parto vaginal hospitalar”; já pouco ele apresenta de “normal” ou “natural”.
Muitas vezes o parto sob estas condições ficava difícil e aplicava-se o fórceps alto (um instrumento de ferro como uma tesoura grande, com duas colheres metálicas que entram na vagina e seguram a cabeça do bebê puxando-a para fora). Esta intervenção trazia muitas vezes seqüelas para o recém-nascido e para a mãe. Ficou conhecido como “Parto a Ferro” ou “Parto Fórceps”. Hoje se utiliza apenas o fórceps de alívio, quando a cabeça do bebê está mais em baixo no canal de parto. É um ótimo recurso para acelerar o período expulsivo em casos emergenciais, se o bebê apresentar sofrimento fetal, o que é exceção e não a regra em uma gestação de baixo risco.
A partir da década de 70, no pós-segunda guerra e dentro do movimento revolucionário que se iniciou com o movimento hippie, alguns médicos e mulheres passaram a questionar o excesso de intervenções e melhores condições para dar a luz, propondo o resgate do parto como um evento fisiológico, familiar e afetivo. A partir daí surgiram as demais possíveis classificações das “formas de nascer”.
Parto Leboyer
Na França, o obstetra Frédérick Leboyer focou-se no recém-nascido e defendeu uma forma menos violenta de nascer. Foi o primeiro a considerar a importância do vínculo mãe-recém-nascido no momento do nascimento. Pouca luz, silêncio, massagem nas costas do bebê, esperar o cordão parar de pulsar para o bebê fazer a transição respiratória de forma mais suave, banho do bebê perto da mãe, amamentação precoce. No entanto seu foco era o bebê, não a mulher. Geralmente estava deitada de costas, pernas em estribos e o uso da episiotomia era rotina.
Parto de Cócoras
Janet Balaskas liderou o movimento pelo “parto ativo” em Londres, na década de 80. Trabalhava com gestantes em aulas de yoga e preparando-as para uma postura mais ativa no parto. Observou que raramente ocorriam depressões-pós-parto, problemas com amamentação ou recuperação da parturiente. Onde havia liberdade para movimentação das mulheres e elas podiam seguir seus instintos e a lógica fisiológica do corpo durante o parto, a grande maioria preferia adotar a posição vertical ou de cócoras durante a fase expulsiva, por ser mais rápido e cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê.
Desde a mais remota antigüidade as mulheres procuravam posições que facilitassem o parto. Nas gravuras antigas o mais comum é ver mulheres ajoelhadas, de cócoras, ou em banquinhos baixos de parto. De um jeito ou de outro o que se observa é que as costas estão em posição vertical. A posição das pernas é variável.
Inúmeros estudos nos últimos 70 anos mostram as vantagens da posição vertical ou de cócoras durante a expulsão:
- a área da pélvis é aumentada em até 40%, facilitando a passagem do bebê;
- o feto desce com a ajuda da gravidade;
- a eficiência do esforço muscular da mãe é muito maior nesta posição;
- as contrações uterinas são mais eficazes e, portanto, a duração do parto e a dor são menores;
- a elasticidade do períneo é menos comprometida, mantendo sua integridade;
- a posição horizontal obriga o feto a subir durante a expulsão para vencer a forma da curva pélvica, e exige da mãe um esforço muito maior para o mesmo fim;
- há uma diminuição comprovada da incidência de intervenções medicamentosas, instrumentais e cirúrgicas nos partos verticais;
- na posição horizontal a compressão feita pelo peso do feto (somado ao peso do útero, placenta e líquido) na veia cava da mãe, produz efeitos negativos na mãe e no feto, comprometendo a circulação sanguínea podendo levar ao sofrimento fetal.
No Brasil o Dr. Moysés Paciornik estudou comunidades indígenas e resgatou o parto verticalizado. Criou com seu filho Dr. Cláudio Paciornik uma cadeira para ser usada em hospitais, que permitia várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Embora não haja necessidade de cadeiras especiais para que a mulher assuma essa posição, muitos profissionais afirmam que não fazem partos de cócoras porque no hospital não existe "a cadeira para parto de cócoras" à disposição.
Para ter um parto de cócoras não é preciso ser atleta nem fazer grandes preparações. A mulher só assume a posição de cócoras (ou senta-se no banquinho de parto ou cama de parto) na fase final do parto e só durante as contrações, descansando nos intervalos. O pai pode participar do parto mais ativamente, oferecendo apoio com seu corpo atrás da mulher.
Termo que surge também na década de 80, no movimento pelo parto ativo, com a popularização das questões ecológicas e com a retomada do parto pelas mulheres. Refere-se ao parto sem medicamentos, intervenções desnecessárias e anestesia, que muitas vezes acontece em casa.
Parto na Água
O obstetra francês Michel Odent, na cidade de Pithiviers, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes e alívio da dor. Algumas parturientes se sentiam bem dentro da banheira e o bebê nascia ali mesmo. De lá para cá, o parto na água tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor, ajudando significativamente na dilatação do colo de útero. O nascimento para o bebê é muito mais suave e o períneo da mãe ganha maior flexibilidade com a água quente.
No Brasil pouquíssimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente. Mas é possível levar uma banheira inflável para o apartamento de alguns hospitais e se utilizar da água pelo menos durante o trabalho de parto.
*Para saber mais sobre o parto na água: “O Parto na Água” Cornelia Enning; editora Manole.
Parto Sem Dor
O termo tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem o sofrimento causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth.
No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio à dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidas e utilizadas antes de serem aplicados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.
Parto Humanizado
Termo atual que tem sido usado indiscriminadamente e sem uma definição real do termo. Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas de pré-natal, ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto e agora ter o direito a um acompanhante de escolha. Para alguns hospitais significa a presença de um acompanhante, música na sala de parto e a permissão de ficar alguns minutos com o bebê antes dele ser levado para o berçário.
Para o Rehuna (Rede Brasileira pela Humanização do Nascimento) e para muitos movimentos como “Parto do Princípio”, “Ong Bem Nascer”, “Despertar do Parto” entre muitos outros é devolver o papel principal do parto à mulher e promover uma atenção ao parto centrado nas escolhas e necessidades individuais de cada mulher. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São decisões informadas e baseadas em evidências científicas. O papel do médico e de toda a assistência seria a de oferecer apoio e respeitar a fisiologia do parto só interferindo se houver real necessidade e não rotineiramente.
Por Despertar do Parto
Hoje ouvimos falar em vários “tipos de parto:” parto normal, parto vaginal, parto natural, cesárea, parto a ferro (fórceps), parto na água, parto Leboyer, parto sem dor, parto humanizado, parto de cócoras, e assim por diante. Antes de explicá-los é importante pensar de onde surgiram as classificações dos “tipos de parto” de que hoje tanto ouvimos falar.
A separação dos partos por tipos é relativamente recente e só aconteceu como conseqüência do nosso sistema obstétrico, ou seja, depois que a maioria dos partos passou a ocorrer dentro do ambiente hospitalar, há aproximadamente 70 anos . Desde então o parto passou a ser feito quase que exclusivamente pelos médicos, em macas horizontais, com mulheres em posição ginecológica. A partir daí a classificação ficou óbvia: “Parto Normal” ou “Cesariana”. Não havia alternativas, ou a mulher se adaptava a parir nas condições padronizadas ou ia para a cesárea.
As condições padronizadas hospitalares sob as quais as mulheres deveriam tentar o parto normal eram: separação do companheiro, salas de pré-parto coletivas sem privacidade, impossibilidade de movimentação, soro com hormônios e intervenções para acelerar o parto, período expulsivo com a mulher deitada de costas e pernas amarradas na perneira (o que reduz em 40% o espaço para a passagem do bebê e diminui a circulação para mãe e feto), comandos para fazer força, equipe pressionando barriga da mulher, corte rotineiro no períneo, entre outros.
Estas condições padronizadas para o parto infelizmente ainda são comuns na maioria dos hospitais brasileiros. Muitas mulheres chamam criticamente o parto normal hospitalar, com todas as suas intervenções de rotina, de “parto vaginal hospitalar”; já pouco ele apresenta de “normal” ou “natural”.
Muitas vezes o parto sob estas condições ficava difícil e aplicava-se o fórceps alto (um instrumento de ferro como uma tesoura grande, com duas colheres metálicas que entram na vagina e seguram a cabeça do bebê puxando-a para fora). Esta intervenção trazia muitas vezes seqüelas para o recém-nascido e para a mãe. Ficou conhecido como “Parto a Ferro” ou “Parto Fórceps”. Hoje se utiliza apenas o fórceps de alívio, quando a cabeça do bebê está mais em baixo no canal de parto. É um ótimo recurso para acelerar o período expulsivo em casos emergenciais, se o bebê apresentar sofrimento fetal, o que é exceção e não a regra em uma gestação de baixo risco.
A partir da década de 70, no pós-segunda guerra e dentro do movimento revolucionário que se iniciou com o movimento hippie, alguns médicos e mulheres passaram a questionar o excesso de intervenções e melhores condições para dar a luz, propondo o resgate do parto como um evento fisiológico, familiar e afetivo. A partir daí surgiram as demais possíveis classificações das “formas de nascer”.
Parto Leboyer
Na França, o obstetra Frédérick Leboyer focou-se no recém-nascido e defendeu uma forma menos violenta de nascer. Foi o primeiro a considerar a importância do vínculo mãe-recém-nascido no momento do nascimento. Pouca luz, silêncio, massagem nas costas do bebê, esperar o cordão parar de pulsar para o bebê fazer a transição respiratória de forma mais suave, banho do bebê perto da mãe, amamentação precoce. No entanto seu foco era o bebê, não a mulher. Geralmente estava deitada de costas, pernas em estribos e o uso da episiotomia era rotina.
Parto de Cócoras
Janet Balaskas liderou o movimento pelo “parto ativo” em Londres, na década de 80. Trabalhava com gestantes em aulas de yoga e preparando-as para uma postura mais ativa no parto. Observou que raramente ocorriam depressões-pós-parto, problemas com amamentação ou recuperação da parturiente. Onde havia liberdade para movimentação das mulheres e elas podiam seguir seus instintos e a lógica fisiológica do corpo durante o parto, a grande maioria preferia adotar a posição vertical ou de cócoras durante a fase expulsiva, por ser mais rápido e cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê.
Desde a mais remota antigüidade as mulheres procuravam posições que facilitassem o parto. Nas gravuras antigas o mais comum é ver mulheres ajoelhadas, de cócoras, ou em banquinhos baixos de parto. De um jeito ou de outro o que se observa é que as costas estão em posição vertical. A posição das pernas é variável.
Inúmeros estudos nos últimos 70 anos mostram as vantagens da posição vertical ou de cócoras durante a expulsão:
- a área da pélvis é aumentada em até 40%, facilitando a passagem do bebê;
- o feto desce com a ajuda da gravidade;
- a eficiência do esforço muscular da mãe é muito maior nesta posição;
- as contrações uterinas são mais eficazes e, portanto, a duração do parto e a dor são menores;
- a elasticidade do períneo é menos comprometida, mantendo sua integridade;
- a posição horizontal obriga o feto a subir durante a expulsão para vencer a forma da curva pélvica, e exige da mãe um esforço muito maior para o mesmo fim;
- há uma diminuição comprovada da incidência de intervenções medicamentosas, instrumentais e cirúrgicas nos partos verticais;
- na posição horizontal a compressão feita pelo peso do feto (somado ao peso do útero, placenta e líquido) na veia cava da mãe, produz efeitos negativos na mãe e no feto, comprometendo a circulação sanguínea podendo levar ao sofrimento fetal.
No Brasil o Dr. Moysés Paciornik estudou comunidades indígenas e resgatou o parto verticalizado. Criou com seu filho Dr. Cláudio Paciornik uma cadeira para ser usada em hospitais, que permitia várias posições para a mãe, sem comprometer o conforto do médico. Embora não haja necessidade de cadeiras especiais para que a mulher assuma essa posição, muitos profissionais afirmam que não fazem partos de cócoras porque no hospital não existe "a cadeira para parto de cócoras" à disposição.
Para ter um parto de cócoras não é preciso ser atleta nem fazer grandes preparações. A mulher só assume a posição de cócoras (ou senta-se no banquinho de parto ou cama de parto) na fase final do parto e só durante as contrações, descansando nos intervalos. O pai pode participar do parto mais ativamente, oferecendo apoio com seu corpo atrás da mulher.
Termo que surge também na década de 80, no movimento pelo parto ativo, com a popularização das questões ecológicas e com a retomada do parto pelas mulheres. Refere-se ao parto sem medicamentos, intervenções desnecessárias e anestesia, que muitas vezes acontece em casa.
Parto na Água
O obstetra francês Michel Odent, na cidade de Pithiviers, começou a usar banheira com água quente para o conforto das parturientes e alívio da dor. Algumas parturientes se sentiam bem dentro da banheira e o bebê nascia ali mesmo. De lá para cá, o parto na água tem sido utilizado no mundo inteiro, em banheiras especiais ou improvisadas. Estudos científicos comprovam que o uso da água quente no trabalho de parto é um excelente coadjuvante no combate à tensão e à dor, ajudando significativamente na dilatação do colo de útero. O nascimento para o bebê é muito mais suave e o períneo da mãe ganha maior flexibilidade com a água quente.
No Brasil pouquíssimas clínicas e médicos oferecem esse conforto às pacientes, infelizmente. Mas é possível levar uma banheira inflável para o apartamento de alguns hospitais e se utilizar da água pelo menos durante o trabalho de parto.
*Para saber mais sobre o parto na água: “O Parto na Água” Cornelia Enning; editora Manole.
Parto Sem Dor
O termo tem várias conotações. Os métodos psicoprofiláticos desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos propunham uma espécie de treinamento às gestantes, baseado em técnicas respiratórias, de relaxamento, de concentração, entre outras. A idéia geral é que uma mulher bem preparada para o parto e bem acompanhada durante todo o processo terá muito menos dor do que uma mulher assustada e tensa. A idéia faz sentido, mas convém lembrar que a dor do parto continua existindo, agora sem o sofrimento causado por medo e tensão. Os métodos mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth.
No Brasil "Parto Sem Dor" é comumente confundido com parto sob anestesia. Obviamente a anestesia bloqueia a dor, mas também diminui as sensações das pernas e do assoalho pélvico. Essas sensações são responsáveis pela força que a mulher faz na hora de "empurrar" o bebê para fora. Portanto, embora haja o bloqueio à dor, alguns efeitos indesejáveis como a perda do controle sobre o processo do parto, entre outros, podem ocorrer. Em muitos serviços médicos a anestesia é aplicada no final do trabalho de parto, já no período expulsivo, de modo que o período de dilatação não se passa sob efeito das drogas anestésicas. De qualquer modo, as formas naturais de se lidar com a dor deveriam ser largamente oferecidas e utilizadas antes de serem aplicados os métodos farmacológicos de bloqueio da dor.
Parto Humanizado
Termo atual que tem sido usado indiscriminadamente e sem uma definição real do termo. Para o Ministério da Saúde, parto humanizado significa o direito que toda gestante tem de passar por pelo menos 6 consultas de pré-natal, ter sua vaga garantida em um hospital na hora do parto e agora ter o direito a um acompanhante de escolha. Para alguns hospitais significa a presença de um acompanhante, música na sala de parto e a permissão de ficar alguns minutos com o bebê antes dele ser levado para o berçário.
Para o Rehuna (Rede Brasileira pela Humanização do Nascimento) e para muitos movimentos como “Parto do Princípio”, “Ong Bem Nascer”, “Despertar do Parto” entre muitos outros é devolver o papel principal do parto à mulher e promover uma atenção ao parto centrado nas escolhas e necessidades individuais de cada mulher. Se a mulher vai escolher dar à luz de cócoras ou na água, quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após seu nascimento, quem vai estar em sua companhia, se ela vai querer se alimentar e beber líquidos, todas essas decisões deverão ser tomadas por ela, protagonista de seu próprio parto e dona de seu corpo. São decisões informadas e baseadas em evidências científicas. O papel do médico e de toda a assistência seria a de oferecer apoio e respeitar a fisiologia do parto só interferindo se houver real necessidade e não rotineiramente.
Por Despertar do Parto
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Em Março Curso Shanon para “Pais Grávidos”
Você sabia que a Shanon Enxovais oferece gratuitamente desde 1990 pioneiramente em Santa Catarina o Curso Shanon para “Pais Grávidos”?
O Curso atualmete é denominado Curso Shanon para `Pais Grávidos` já acompanhando o novo conceito de gestação que também envolve ativamente o pai neste processo e deve participar também de todos os encontros do curso.
O Curso é ministrado por profissionais altamente qualificados (médico obstetra, médico neonatologista, pediatra, enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, dentistas, entre outros.) e foi elaborado para preparar os pais nesta importante fase da vida.
O Curso é realizado em 5 encontros e aborda os seguintes temas:
- Da concepção ao nascimento
- Células tronco e o sangue do cordão umbilical
- Cuidados com a mãe após o parto
- A importância do exercício físico e da fisioterapia: Como amenizar os decorrentes desconfortos da gestação
- Aprendendo a cuidar do bebê: banho do bebê, curativo do coto umbilical, ...
- Composição do enxoval do bebê
- Orientações pediátricas pré-natal
- Desenvolvimento e estimulação do bebê
- Aleitamento materno
O Curso atualmete é denominado Curso Shanon para `Pais Grávidos` já acompanhando o novo conceito de gestação que também envolve ativamente o pai neste processo e deve participar também de todos os encontros do curso.
O Curso é ministrado por profissionais altamente qualificados (médico obstetra, médico neonatologista, pediatra, enfermeiras, nutricionistas, fisioterapeutas, dentistas, entre outros.) e foi elaborado para preparar os pais nesta importante fase da vida.
O Curso é realizado em 5 encontros e aborda os seguintes temas:
- Da concepção ao nascimento
- Células tronco e o sangue do cordão umbilical
- Cuidados com a mãe após o parto
- A importância do exercício físico e da fisioterapia: Como amenizar os decorrentes desconfortos da gestação
- Aprendendo a cuidar do bebê: banho do bebê, curativo do coto umbilical, ...
- Composição do enxoval do bebê
- Orientações pediátricas pré-natal
- Desenvolvimento e estimulação do bebê
- Aleitamento materno
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