Especialista em partos normais, essa profissional – que tem formação de enfermeira obstetra ou obstetriz – é cada vez mais requisitada nos grandes centros por mulheres em busca de uma experiência natural e afetiva no nascimento dos filhos. Tudo isso, é claro, sem abrir mão da segurança.
Por Luciana Benatti
“Escolhi ser assistida por parteiras porque parir é natural e fisiológico”, resume a fotógrafa Tatiana , mãe de Tito, que nasceu em casa, em São Paulo, pelas mãos dessas profissionais. Embora ainda constituam um universo pequeno, é cada vez maior o número de mulheres que, assim como Tatiana, trocam o médico pela parteira para acompanhá-las ao longo da gestação e na hora do parto.
“Elas acreditam na força do corpo da mulher. E possuem experiência e sabedoria para acompanhar o parto. Se houver necessidade de apoio médico, serão as primeiras a orientar”, completa Tatiana.
Embora também se intitulem parteiras, as profissionais que atuam hoje em dia nos grandes centros diferem das parteiras tradicionais, que costumam atender em comunidades mais remotas, porque possuem formação acadêmica, ou seja, frequentaram a universidade.
Existem atualmente dois caminhos para se tornar uma parteira urbana (ou parteira moderna) no Brasil: cursar Enfermagem e se especializar em Obstetrícia ou buscar uma vaga no único curso superior de Obstetrícia do país, oferecido no campus da USP Leste, em São Paulo.
Criado por um grupo de enfermeiras obstetras, o curso da USP colocou no mercado 130 obstetrizes desde 2008, ano em que formou sua primeira turma. A principal justificativa para a sua criação foi a necessidade de melhorar a assistência à saúde da mulher. “O curso é uma resposta às demandas sociais por um grande número de profissionais capacitados a promover a saúde da mulher e a prestar assistência humanizada”, reafirmou a coordenadora Nádia Zanon Narchi em março, num debate sobre a contribuição das obstetrizes para o Sistema Único de Saúde, em Guarulhos, SP.
O curso não é exatamente novo: já existiu anteriormente, na década de 1960. Vinte anos mais tarde, as obstetrizes praticamente sumiram do mercado. Na época, não havia a opção pelo parto em casa e, nos hospitais, elas perdiam a função, relegadas a trabalhos burocráticos, sem poder atender partos.
A parteira é, por definição, aquela que está ao lado da mulher durante o parto. Em inglês, a palavra midwife vem de “with woman”, literalmente “com a mulher”. E é aqui que se estabelece uma diferença fundamental entre o cuidado médico e o cuidado das parteiras: quem está no controle.
“Elas acreditaram desde o primeiro segundo que eu poderia parir, que era capaz”, conta a advogada Regiani, que procurou as parteiras na gravidez do segundo filho. O primeiro havia nascido por cesárea. “Elas nos guiaram nesse resgate de estima, de confiança. Nos colocaram frente a uma emoção que todas as mulheres e suas famílias deveriam ter a oportunidade de sentir”, relata ela sobre a experiência.
“Os elementos-chave no modelo da parteira são normalidade, facilitação de processos naturais (com um mínimo de intervenções, todas com base em evidências científicas), e o empoderamento da parturiente”, descreve o médico e cientista americano Marsden Wagner, ex-diretor de saúde da mulher e da criança da Organização Mundial da Saúde no livro Born in the USA (ainda sem tradução para o português). Segundo ele, assumindo o papel de facilitadoras, as parteiras acalmam e encorajam a mulher em trabalho de parto. “Obstetras, por outro lado, normalmente tentam colocar o parto sob o seu próprio controle, passando por cima de processos naturais com drogas e procedimentos médicos e dando ordens”, descreve.
É essa forma de olhar para a gravidez e o parto, focada na normalidade ao invés da doença, no protagonismo da mulher ao invés de sua infantilização, na informação ao invés do medo, nos processos fisiológicos ao invés dos procedimentos médicos que as mulheres procuram ao escolher as parteiras. Para elas não há dúvida de que o parto não é um “ato médico”, mas um ato da mulher.
Informação de mulher para mulher
“Ao conhecer nosso trabalho, muitas mulheres dizem: ‘Isso é o que eu sempre quis, mas não sabia que existia. Sempre pensei em ter filhos assim, mas achava que em São Paulo não havia essa possibilidade’”, conta a parteira Márcia Koiffman, enfermeira obstetra que acompanha partos domiciliares e hospitalares em São Paulo. Segundo ela, as mulheres costumam se informar sobre o trabalho das parteiras por meio de sites e listas de discussão na internet, de amigas que passaram pela experiência ou de relatos ouvidos nos grupos de gestantes voltados ao parto humanizado.
No Brasil, a habilitação legal das enfermeiras obstetras e obstetrizes permite atender o parto normal de baixo risco, seja em casa ou no hospital. Nas maternidades particulares, embora não sejam autorizadas a assumir uma paciente, podem atender como parte da equipe médica. Já nos hospitais públicos é comum encontrá-las atendendo partos. De qualquer forma, seja em casa ou no hospital, parteiras sempre trabalham em equipe. Em caso de complicação, o médico é acionado. Nos partos domiciliares, embora não esteja fisicamente presente, há sempre um obstetra na retaguarda.
O acompanhamento das parteiras começa no pré-natal, com consultas de avaliação dos aspectos físicos e conversas sobre questões emocionais da gravidez. A gestante pode optar por alternar as consultas com a parteira e o médico ou fazer todo o pré-natal com a parteira. É durante o pré-natal que se identifica se a gestação é de risco. Parto em casa só é opção para gestantes de baixo risco.
Métodos naturais de alívio da dor
“Parto em casa é só parto natural, sem nenhuma intervenção”, explica Marcia Koiffman, que nos últimos sete anos já atendeu cerca de 200 partos domiciliares planejados. Para o alívio da dor, são usadas medidas de conforto como massagens, banho de água quente e mudanças de posição. “Acompanhamos o processo bem de perto. Se identificamos alguma situação que precise de intervenção com drogas, providenciamos uma transferência, e o parto termina no hospital”, explica Márcia, que atende em dupla com a parteira Priscila Colacioppo, também enfermeira obstetra.
O fato de todos esses partos domiciliares serem planejados, melhor muito os resultados. Segundo Márcia, a grande maioria dos partos em casa atendidos por elas – cerca de 90% – terminou em casa mesmo. Cerca de 10% começaram em casa e terminaram no hospital, boa parte deles pelo mesmo motivo: um trabalho de parto muito prolongado em que a mulher decide ir para o hospital para poder contar com a ajuda da anestesia. “Ir para o hospital não quer dizer cesárea. O processo continua no hospital, com o acompanhamento conjunto do médico e das parteiras, e muitas vezes termina em parto normal”. A taxa de cesárea entre as mulheres atendidas pela dupla é de cerca de 4%. Se houver necessidade de cesárea, ela será feita, é claro, pelo médico. Parteiras não realizam nenhum procedimento cirúrgico, o que inclui os partos com uso de fórceps e vácuo-extrator.
Uma demanda crescente, mas ainda pequena
O movimento internacional pela volta das parteiras ficou mais forte no Brasil a partir do ano 2000, quando ganhou força por aqui o movimento de humanização do parto e, junto com ele, a demanda pelo parto domiciliar. O movimento cresceu e a procura pelo parto domiciliar com parteira também, a ponto de profissionais mais experientes, como Márcia e Priscila, não darem conta de atender todas as mulheres que as procuram. No entanto, as taxas de cesárea no Brasil continuam subindo. No ano passado, o número de partos cirúrgicos superou pela primeira vez o de partos normais, chegando a 52% do total. Conveniência?
“Um médico consegue fazer quatro ou cinco cesarianas num dia, ele pode reservar na agenda um dia só para operar. Já a parteira tem de estar sempre disponível, pois nunca sabe quando o parto vai acontecer. Eu trabalho bem com quatro a cinco partos domiciliares por mês. Parto natural é um trabalho que não combina com volume”, diz Márcia. E mais: o trabalho da parteira não termina com o parto. “O pós-parto é um período muito importante”, afirma Márcia. Nos primeiros dias de vida do bebê, a parteira vai até a casa da família para as consultas pós-parto e dá um suporte à mãe até que a amamentação se estabeleça.
Embora esta ainda não seja uma tendência significativa em termos estatísticos, o parto domiciliar em grande centros começa a aparecer em documentos oficiais. O mais recente Boletim CEInfo, que traz a análise do perfil dos nascimentos em São Paulo, assinalou um aumento no número de partos domiciliares na cidade entre 2001 e 2010. E mais: ressaltou que, embora a maioria desses partos ainda ocorra de forma não planejada, 16,5% do total (o equivalente a 95 nascimentos) resultaram de uma escolha da mulher, que optou por receber em casa a assistência de profissionais habilitados.
No modelo de assistência ao parto que predomina no Brasil, em que não é oferecida às gestantes a possibilidade de participar das decisões referentes ao nascimento de seus filhos, a escolha de mulheres como Tatiana e Regiani, que deram à luz com a assistência de parteiras, é um caminho possível para as mulheres que desejam ter voz ativa e retomar seu papel principal na hora do parto.
Por Casa Moara
A todas as Mulheres - para que consigam Resgatar a prática de Parir , acreditando na força da Maternidade e da energia Feminina.Apresento aos casais que serão pais o quanto é possível facilitar o Nascimento e torná-lo mais Humanizado com ajuda de uma Doula.
Parto Humanizado
quarta-feira, 28 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
CineMaterna no Curso da Shanon
Na última terça-feira teve mais um encontro do Curso Shanon para `Pais Grávidos`.
Onde marquei presença e apresentei o projeto CineMaterna no qual eu faço parte com muito prazer,orgulho e satisfação.
CineMaterna são sessões de cinema para mães com bebês de até 18 meses. Papais e acompanhantes são bem-vindos também! Os filmes são para a diversão dos adultos, e as salas de cinema são equipadas para acolher os bebês com todo o conforto: som reduzido, trocador na sala, ar condicionado mais suave, ambiente levemente iluminado. E depois de cada sessão sempre tem um gostoso bate-papo!
As sessões acontecem em diversas cidades do Brasil. Cada filme é escolhido pelo público através de enquetes semanais, que podem ser acompanhadas pelo site junto com a programação.
As gestantes do curso ficaram conhecendo a iniciativa e ainda ganharam uma surpresinha!
Onde marquei presença e apresentei o projeto CineMaterna no qual eu faço parte com muito prazer,orgulho e satisfação.
CineMaterna são sessões de cinema para mães com bebês de até 18 meses. Papais e acompanhantes são bem-vindos também! Os filmes são para a diversão dos adultos, e as salas de cinema são equipadas para acolher os bebês com todo o conforto: som reduzido, trocador na sala, ar condicionado mais suave, ambiente levemente iluminado. E depois de cada sessão sempre tem um gostoso bate-papo!
As sessões acontecem em diversas cidades do Brasil. Cada filme é escolhido pelo público através de enquetes semanais, que podem ser acompanhadas pelo site junto com a programação.
As gestantes do curso ficaram conhecendo a iniciativa e ainda ganharam uma surpresinha!
sexta-feira, 23 de março de 2012
10 Razões para usar Fraldas de Pano
1)- Fatores econômicos, é mais barato usar fralda de pano; faças as contas, não preciso mostrar cálculos aqui
2)- Fatores salutares, fraldas de algodão evitam alergias, infestação de fungos, dermatites e escamações
3)- Fatores ecológicos, não tem como não dizer são 5000 fraldas no mínimo que vão para os lixões.
4)- Imunidade da pele, quando afogamos a pele dos bebês em pomadas, por um mínimo de 700 dias seguidos, 3x por dia, tiramos a defesa dessa pele, ela se acostuma que há uma barreira e quando vem uma assadura, vem daquelas poderosas. Quando baixa a imunidade da criança, os fungos atacam facilmente. Com o uso de fraldas de pano, você praticamente elimina o uso de pomadas!
5)- Interação com a criança, você acaba entendendo melhor sua comunicação não verbal, pois com o uso da fralda de pano, nossos sentidos estão mais sintonizados, não tem jeito. Isso não quer dizer absolutamente, stress.
6)- Crianças que usam fraldas de pano desfraldam mais cedo, amadurecem esse controle de forma natural e gradativa, é muito comum que lá perto de 1a já evacuem no peninquinho e eliminem bem mais do que aos pouquinhos na fralda. Da onde vem a expressão enfezada? Crianças mal humoradas? Quantas vezes já vimos crianças de 2a que não querem sair das fraldas ainda ou se apavoram diante de um cocô por acidente? Ela está confortável em sua fralda sequinha, de repente a família/mãe decide que tá na hora do desfralde e toca a levar a criança ao peninquinho de hora em hora. Muitas vezes situações assim acabam se estendendo mais do que o necessário ou ao contrário, revertem logo mais adiante em função de qq situação emocional mal resolvida.
7)- Não dão tanto trabalho assim, com um bom jogo de fraldas, para uma conversão 100%, você pode lavar fraldas a cada 2 dias, numa boa maquinada. Hoje em dia temos como reciclar águas , como produzir uma energia limpa, temos sabões de boa qualidade que não agridem o meio ambiente. Enfim, esse também é um gancho mal resolvido da oposição.
8)- Você tem maior controle sobre a enurese da criança, veja, nós moramos num país tropical. A desidratação ainda leva milhares de crianças aos prontos socorros, tanto que temos ampla divulgação do sorinho caseiro em todos os postos de saúde. Você controla quanto xixi a criança faz, cheiro, cor, etc. Sabe se ela está hidratada ou não. Qual a primeira pergunta que os pediatras fazem na consulta?
9)- Conforto, um homem nunca saberá do que se trata, mas usar um absorvente de papel por dias seguidos é desconfortável e desagradável. Agora imagina ter essa sensação de usar um absorvente por 700 dias seguidos no mínimo, arrepia até a alma do falecido já desalmado!!
10)- Uma questão de opção, é maravilhoso termos opções, escolhas, possibilidades diversas. Não existe só fralda descartável e tampouco só fralda de pano. Pois no dia que você acorda com preguiça, vc ainda pode apelar para uma descartável sem dor na consciência. E se você só quiser usar 2 por dias, serão 700 descartáveis economizadas num período de um ano, é legal pensar assim, é legal ser flexível!
Fonte: Bettina Lauterbach-Fralda Bonita
Mães aderem ao banho de balde para recém-nascidos
Banho de balde não é nenhuma novidade -muitas mães costumam apelar a ele para fazer a higiene de crianças pequenas durante viagens e nos dias de muito calor, na ausência de piscina. Mas o uso diário do acessório, como substituto definitivo da banheira e com bebês que mal saíram da maternidade, está começando a conquistar adeptos em famílias ainda mais criativas.
A atriz Talitha Pereira, 25, mãe de Lis, de um mês e meio, achou graça quando se viu diante da foto de um bebê dentro do balde enquanto navegava na internet. "Mas depois assisti à palestra de um pediatra que ensinava a usá-lo e vi que o bebê se sente mais confortável ali. Me convenci de que é a melhor maneira de dar banho", afirma. Segundo ela, no quinto dia de vida a pequena Lis já dava pulinhos durante o banho, o que lhe garantiu o apelido de "bailarina de balde".
Estripulias à parte, o que está atraindo as mães para o acessório é a promessa de um bebê mais tranqüilo, propagada em sites de relacionamento e listas de discussão na internet. "À noite, dou o banho e ela dorme durante horas", confirma.
Embora não haja pesquisas que comprovem esse benefício, a neonatologista Miriam Rika, do hospital e maternidade São Luiz, diz que os médicos observam uma boa resposta ao banho de imersão na UTI pediátrica, onde foi instituído há cerca de seis anos. "Existem várias hipóteses: pode ser devido à posição em que o bebê fica ou pelo fato de estar submerso do pescoço para baixo."
Intrauterino
Para o obstetra Antonio Júlio Barbosa, do hospital e maternidade Santa Catarina, a principal vantagem desse tipo de banho em relação ao de banheira é que o bebê "se molda" ao acessório. "Ele tem mais contato com a água, o que mimetiza o meio intrauterino, que é o que se deseja quando o bebê acabou de nascer", afirma.
O neonatologista Carlos Eduardo Corrêa, que apresentou a "técnica" a Talitha Pereira, indica o balde para o banho da maternidade e para os primeiros dias de vida do bebê.
"Acho que fica mais fácil para os pais segurarem, e a criança chora menos. Faço o banho com o bebê enrolado em um pano, na água quente", diz.
O médico afirma que, por volta dos sete meses, quando a criança começa a querer ficar em pé, o balde é mais seguro do que a banheira.
A arquiteta Roselene Araújo, 44, mãe de Beatriz, 10, Heloísa, 9, e Isabela, 7, tem experiência de sobra com o utensílio --sua primogênita tomou banho de balde desde os primeiros dias até os seis anos de idade.
Durante a gestação de Heloísa, Roselene trocou o balde pela TummyTub, que descobriu na internet. O modelo, desenvolvido na Holanda especialmente para bebês de até seis meses de vida, precisou ser importado.
Muito semelhante a um balde, a TummyTub é transparente e possui alguns itens de segurança, como base antiderrapante e um centro de gravidade que ajuda a evitar acidentes. A desvantagem é o preço. Enquanto o balde comum custa menos de R$ 15, o de grife pode ser encontrado em lojas de artigos infantis por até R$ 140.
Mesmo com tanta diferença, as opiniões das mães se dividem. Para Talitha, trata-se basicamente do apelo da marca. Já Roselene considera a TummyTub muito superior ao balde comum. "Não acho que é a mesma coisa. Ele tem um desenho adaptado e uma borracha embaixo que evita o tombo", afirma. "Crianças maiores já não podem ir no balde."
Embora bebês pequenos como Lis consigam ficar sem apoio no balde por um tempo, o ideal é suspendê-los com as mãos pela região axilar.
No YouTube, há vídeos que mostram os pais segurando seus filhos pelo pescoço. De tão relaxados, alguns pegam no sono ali mesmo.
Fonte:Folha Online-Equilíbrio e Saúde
A atriz Talitha Pereira, 25, mãe de Lis, de um mês e meio, achou graça quando se viu diante da foto de um bebê dentro do balde enquanto navegava na internet. "Mas depois assisti à palestra de um pediatra que ensinava a usá-lo e vi que o bebê se sente mais confortável ali. Me convenci de que é a melhor maneira de dar banho", afirma. Segundo ela, no quinto dia de vida a pequena Lis já dava pulinhos durante o banho, o que lhe garantiu o apelido de "bailarina de balde".
Estripulias à parte, o que está atraindo as mães para o acessório é a promessa de um bebê mais tranqüilo, propagada em sites de relacionamento e listas de discussão na internet. "À noite, dou o banho e ela dorme durante horas", confirma.
Embora não haja pesquisas que comprovem esse benefício, a neonatologista Miriam Rika, do hospital e maternidade São Luiz, diz que os médicos observam uma boa resposta ao banho de imersão na UTI pediátrica, onde foi instituído há cerca de seis anos. "Existem várias hipóteses: pode ser devido à posição em que o bebê fica ou pelo fato de estar submerso do pescoço para baixo."
Intrauterino
Para o obstetra Antonio Júlio Barbosa, do hospital e maternidade Santa Catarina, a principal vantagem desse tipo de banho em relação ao de banheira é que o bebê "se molda" ao acessório. "Ele tem mais contato com a água, o que mimetiza o meio intrauterino, que é o que se deseja quando o bebê acabou de nascer", afirma.
O neonatologista Carlos Eduardo Corrêa, que apresentou a "técnica" a Talitha Pereira, indica o balde para o banho da maternidade e para os primeiros dias de vida do bebê.
"Acho que fica mais fácil para os pais segurarem, e a criança chora menos. Faço o banho com o bebê enrolado em um pano, na água quente", diz.
O médico afirma que, por volta dos sete meses, quando a criança começa a querer ficar em pé, o balde é mais seguro do que a banheira.
A arquiteta Roselene Araújo, 44, mãe de Beatriz, 10, Heloísa, 9, e Isabela, 7, tem experiência de sobra com o utensílio --sua primogênita tomou banho de balde desde os primeiros dias até os seis anos de idade.
Durante a gestação de Heloísa, Roselene trocou o balde pela TummyTub, que descobriu na internet. O modelo, desenvolvido na Holanda especialmente para bebês de até seis meses de vida, precisou ser importado.
Muito semelhante a um balde, a TummyTub é transparente e possui alguns itens de segurança, como base antiderrapante e um centro de gravidade que ajuda a evitar acidentes. A desvantagem é o preço. Enquanto o balde comum custa menos de R$ 15, o de grife pode ser encontrado em lojas de artigos infantis por até R$ 140.
Mesmo com tanta diferença, as opiniões das mães se dividem. Para Talitha, trata-se basicamente do apelo da marca. Já Roselene considera a TummyTub muito superior ao balde comum. "Não acho que é a mesma coisa. Ele tem um desenho adaptado e uma borracha embaixo que evita o tombo", afirma. "Crianças maiores já não podem ir no balde."
Embora bebês pequenos como Lis consigam ficar sem apoio no balde por um tempo, o ideal é suspendê-los com as mãos pela região axilar.
No YouTube, há vídeos que mostram os pais segurando seus filhos pelo pescoço. De tão relaxados, alguns pegam no sono ali mesmo.
Fonte:Folha Online-Equilíbrio e Saúde
segunda-feira, 19 de março de 2012
Sintomas do Trabalho de Parto
"Como vou saber que estou em trabalho de parto?" Esta é uma das questões mais preocupantes para as grávidas.
O início do trabalho de parto é diferente para cada mulher: algumas sabem imediatamente quando estão realmente no processo de nascimento. Outras podem confundir esse estágio inicial do processo, com gases, azia, dor lombar ou indigestão.
Existem três sinais distintos que indicam que o trabalho de parto começou:
1. Contrações regulares
As contrações (percebidas por algumas mulheres como endurecimento da barriga) são sentidas no abdome – na parte inferior - ou nas costas. Elas ocorrem porque o útero está se contraindo e relaxando ao mesmo tempo, ajudando a abrir o colo e empurrar o bebê para o canal de nascimento. Durante o estágio inicial do trabalho de parto, as contrações são sentidas como cólicas menstruais.
Quando o processo de nascimento começar verdadeiramente, as contrações se tornam regulares. Nos estágios iniciais, usualmente ocorrem em intervalos de 15 a 20 minutos e duram entre 30 e 45 segundos. Conforme o trabalho de parto avança, essas contrações ficam mais freqüentes e duram em torno de 60 segundos.
Na fase em que você sentir de 2 a 3 contrações em 10 minutos e que duram por volta de 45 segundos ou mais, deve procurar o hospital e avisar seu médico. As contrações se mantêm constantes, mesmo se você se deita ou anda. Se perceber contrações regulares e dolorosas antes da 37a. semana, procure imediatamente seu médico ou o hospital, pois poderá estar entrando em trabalho de parto prematuro.
2. Eliminação do tampão mucoso
Durante as últimas semanas de gravidez, o colo começa a ficar fino e dilatar em preparação para o parto, o que pode ocasionar a perda de um tampão mucoso. Quando isso ocorre, você notará a saída de uma substância mucosa pela vagina, com alguns filetes de sangue.
Este não é um sinal de trabalho de parto, e sim que está se aproximando. Na verdade, o trabalho de parto, às vezes, só começa vários dias depois desse sinal. Qualquer quantidade de sangue maior que os filetes acima descritos deve ser relatada a seu médico.
3. Perda de água pela vagina
A perda de água pela vagina indica a ruptura das membranas, ou "bolsa das águas", que mant êm o líquido amniótico durante a gravidez.
Quando is so ocorre, você não sente dor, apenas a sensação de uma água morna escorrendo pelas pernas. Usualmente, a mulher sente a perda de meio litro de água, mas a quantidade vai depender de onde a bolsa rompeu. Em casos de rupturas altas, a perda de líquido pode ser pequena, apenas suficiente para umedecer a calcinha, sem escorrer.
Além disso, você poderá continuar perdendo l íquido, conforme seu bebê continua a produzi-lo. Tenha em mente que isso é natural, uma parte saudável de seu trabalho de parto, e não machuca seu bebê. Sua bolsa de água pode se romper no começo ou só no final do trabalho de parto.
É importante que seu médico saiba quando você suspeitar da perda de líquido (especialmente se a ruptura ocorrer antes do início do trabalho de parto).
Por Zazou
O início do trabalho de parto é diferente para cada mulher: algumas sabem imediatamente quando estão realmente no processo de nascimento. Outras podem confundir esse estágio inicial do processo, com gases, azia, dor lombar ou indigestão.
Existem três sinais distintos que indicam que o trabalho de parto começou:
1. Contrações regulares
As contrações (percebidas por algumas mulheres como endurecimento da barriga) são sentidas no abdome – na parte inferior - ou nas costas. Elas ocorrem porque o útero está se contraindo e relaxando ao mesmo tempo, ajudando a abrir o colo e empurrar o bebê para o canal de nascimento. Durante o estágio inicial do trabalho de parto, as contrações são sentidas como cólicas menstruais.
Quando o processo de nascimento começar verdadeiramente, as contrações se tornam regulares. Nos estágios iniciais, usualmente ocorrem em intervalos de 15 a 20 minutos e duram entre 30 e 45 segundos. Conforme o trabalho de parto avança, essas contrações ficam mais freqüentes e duram em torno de 60 segundos.
Na fase em que você sentir de 2 a 3 contrações em 10 minutos e que duram por volta de 45 segundos ou mais, deve procurar o hospital e avisar seu médico. As contrações se mantêm constantes, mesmo se você se deita ou anda. Se perceber contrações regulares e dolorosas antes da 37a. semana, procure imediatamente seu médico ou o hospital, pois poderá estar entrando em trabalho de parto prematuro.
2. Eliminação do tampão mucoso
Durante as últimas semanas de gravidez, o colo começa a ficar fino e dilatar em preparação para o parto, o que pode ocasionar a perda de um tampão mucoso. Quando isso ocorre, você notará a saída de uma substância mucosa pela vagina, com alguns filetes de sangue.
Este não é um sinal de trabalho de parto, e sim que está se aproximando. Na verdade, o trabalho de parto, às vezes, só começa vários dias depois desse sinal. Qualquer quantidade de sangue maior que os filetes acima descritos deve ser relatada a seu médico.
3. Perda de água pela vagina
A perda de água pela vagina indica a ruptura das membranas, ou "bolsa das águas", que mant êm o líquido amniótico durante a gravidez.
Quando is so ocorre, você não sente dor, apenas a sensação de uma água morna escorrendo pelas pernas. Usualmente, a mulher sente a perda de meio litro de água, mas a quantidade vai depender de onde a bolsa rompeu. Em casos de rupturas altas, a perda de líquido pode ser pequena, apenas suficiente para umedecer a calcinha, sem escorrer.
Além disso, você poderá continuar perdendo l íquido, conforme seu bebê continua a produzi-lo. Tenha em mente que isso é natural, uma parte saudável de seu trabalho de parto, e não machuca seu bebê. Sua bolsa de água pode se romper no começo ou só no final do trabalho de parto.
É importante que seu médico saiba quando você suspeitar da perda de líquido (especialmente se a ruptura ocorrer antes do início do trabalho de parto).
Por Zazou
A Dor do Parto e Como Lidar com ela
A dor do parto é diferente dos outros tipos de dor, por várias razões. Primeiro porque é uma dor intermitente. Vem com a contração, começando fraquinha e aumentando, até atingir o pico, quando começa a diminuir e desaparece completamente. No intervalo entre as contrações não há dor, pressão, incômodo algum. É como se nada tivesse acontecido há 4 minutos. Nesses intervalos dá tempo de relaxar, meditar, respirar profundamente e muitas vezes dormir.
Outro fato é que a intensidade da dor do parto varia de mulher para mulher e de gestação para gestação de acordo com diversos fatores: limiar individual, grau de relaxamento, intimidade como o ambiente, apoio de familiares e profissionais, preparação e outros tantos… É uma dor diretamente influenciada por fatores psicológicos, funcionais e emocionais. Quando estamos com medo, ficamos tensas, e a nossa tensão faz a dor aumentar. É um ciclo bem conhecido, o ciclo do medo-tensão-dor. Vale para qualquer tipo de dor.
Um terceiro fator que às vezes soa estranho é que a dor do parto é "esquecida". É freqüente ouvirmos as mulheres dizerem que tão logo o bebê está nos braços, a dor já foi completamente esquecida. É diferença daquelas cólicas menstruais que lembramos, algumas realmente inesquecíveis. Ou aquela dor de dente que destruiu nosso fim-de-semana. Se nos esforçarmos um pouco, dá pra sentir a danada de novo!
O certo é que uma boa experiência de parto significa, entre outras coisas, lidar com a dor normal inerente ao processo de abertura do colo do útero e aliviar ou eliminar as dores desnecessárias, provenientes de tensões, medos, ambientes impróprios, manobras médicas discutíveis ou presença de pessoas indesejadas.
E embora essa dor seja tão peculiar, lidar com ela não é muito diferente do que lidar com outras dores. Os recursos que podemos usar são universais: água morna, respiração, distração, encorajamento, carinho, apoio, balanço ritmado, massagem, relaxamento, meditação, oração, visualização, pressão, alongamento, respiração, vocalização, movimentação do corpo, ouvir música, cantar, gritar, gemer, chorar.
É claro que nem todos os recursos funcionam da mesma forma para toda mulher. Somos indivíduos diferentes. Nossos desejos, nossos desafios, o que nos move, tudo é individual. É bom lembrar que por isso mesmo qualquer procedimento médico ligado ao parto, não só aqueles ligados à dor, devem ser adotados individualmente e nunca rotineiramente. Rotina é para máquinas, não para gente e menos ainda para parturientes.
Quando nos sentimos confortáveis e seguras, aumentamos nossa capacidade de relaxar e assim nos concentrar no trabalho de parto. O trabalho de parto é feito de esforço, concentração, dedicação. Existem elementos ambientais, recursos humanos e técnicos que podem ser de grande ajuda nessa tarefa intensa de dar à luz um bebê.
ELEMENTOS E RECURSOS
Apoio – pode ser obtido do companheiro, mãe, amiga, doula ou uma combinação dessas pessoas. Não sentir-se solitária nesse momento tão importante e intenso, ser cuidada com massagens, carinho e informações, tudo isso pode ser uma grande ajuda na travessia do processo do parto. É importante que você confie nas pessoas que estão a sua volta, que perceba a sintonia entre todas elas e sua genuína intenção de estarem te auxiliando no bom êxito do seu trabalho de parto. Deve haver compreensão, paciência, competência e respeito para com seus ritmos e tempos.
Silêncio, privacidade e ambiente discreto – não ter que falar durante as contrações, não ter que ouvir conversa paralela, ou vozes alteradas de comando, até sons de ambientes vizinhos, não ter pessoas entrando e saindo o tempo todo, tudo isso ajuda no trabalho de parto.
Iluminação – para a maioria das mulheres, um ambiente na penumbra ou na meia luz é mais propício ao relaxamento. Você pode fechar cortinas, usar abajures, lâmpadas mais fracas, etc..
Música – para algumas mulheres a música é relaxante, para outras pode ser fonte de perturbação. O importante é que cada mulher escolha se quer ou não quer música, quando e quais músicas devem ser tocadas durante o trabalho de parto.
Velas, aromas, cores – o uso de outros elementos ambientais podem ser muito importantes individualmente. Aromas, incensos, velas, luzes de cores especiais, enfim, todo recurso ambiental é válido e não deve ser desprezado, desde que seja de escolha da parturiente, e que seja disponibilizado nos momentos e intensidades desejados por ela.
Posicionamento – algumas posições servem para corrigir apresentações inadequadas do bebê, podem aumentar o fluxo sanguíneo do útero ou podem dar mais conforto. Embora bastante óbvio, é comum médicos ou regras hospitalares restringirem a posição da parturiente, deitada de lado durante o trabalho de parto ou de costas na hora da expulsão.
Mobilidade – auxilia na mobilidade dos ossos da bacia e diminui o tempo de trabalho de parto. Também é óbvio, mas da mesma forma é comum as mulheres terem que passar o trabalho de parto deitada em macas em salas de pré-parto.
Massagem – os impulsos nervosos gerados pela massagem em determinadas regiões do corpo vão competir com as mensagens de dor que estão sendo enviadas ao cérebro, reduzindo as sensações de dor. São impulsos nervosos diferentes, competindo pelos mesmos receptores do cérebro. Essa massagem deve ser aplicada nos pés e mãos e funcionam como a técnica de contra-pressão (feita nas costas, durante a contração, na altura da borda superior da bacia). Massagens aplicadas nos ombros e pescoço são melhores entre as contrações e ajudam a relaxar. Já a massagem suave na barriga, braços e pernas dá a sensação de apoio físico e companheirismo. Todas têm grande valor.
Respiração – embora ninguém se "esqueça" de respirar, existem técnicas que ajudam a aumentar a oxigenação durante as contrações e o relaxamento durante os intervalos. Basicamente, entre contrações a respiração deve ser calma e profunda, propiciando maior relaxamento. Durante a contração, usa-se uma respiração mais acelerada, começando lenta e ficando mais curta e rápida no auge da contração (como cachorrinho), voltando aos poucos a ficar mais profunda e longa conforme a contração vai se dissolvendo. Essa respiração aumenta a oxigenação. Embora essas sejam dicas úteis para o parto, a adaptação varia de mulher para mulher e ao longo do trabalho de parto. Não exitem regras fixas, mas muitas mulheres se sentem bem ao receber essas dicas das pessoas que a estão acompanhando. Outras mantêm indutitivamente um ótimo ritmo respiratório, sem necessidade de auxílio.
Uso da água – um recurso importante, nas suas variadas formas. O chuveiro morno sobre as costas é relaxante e diminui a sensação de dor. Não há limite de tempo para a mulher permanecer no chuveiro. A água muito quente pode causar alguma queda de pressão. As banheiras comuns ou de parto também são relaxantes, podem fazer diminuir o inchaço, e diminuem a sensação de dor. O ideal é que a imersão seja feita quando a dilatação já atingiu 5 ou 6 cm, para que não haja desaceleração do trabalho de parto. Saiba mais sobre o parto na água e o uso da água no trabalho de parto.
Relaxamento – a importância do relaxamento está em não permitir que você e seu corpo lutem contra a dilatação ou contra as dores por ela provocadas. Essa luta provoca tensão, que por sua vez desacelera o trabalho de parto e provoca mais dor. É assim que o relaxamento permite que seu útero faça o trabalho. Relaxar significa entre outras coisas se desconectar dos pensamentos ruins, das preocupações, do mundo exterior. A prática da meditação durante a gravidez facilita o relaxamento na hora do trabalho de parto.
Visualização – para muitas mulheres esse recurso é importante, pois promove o relaxamento e diminui as tensões. A parturiente pode visualizar o bebê descendo pela bacia, o bebê saindo de dentro dela, seu colo se abrindo, água caindo, coisas ficando pesadas e pendentes, enfim, tudo o que tenha uma simbologia de descida e abertura.
TERAPIAS CLASSIFICADAS COMO ALTERNATIVAS
Apesar de não estar entre as terapias "cientificamente comprovadas", têm sido largamente empregadas por diversos profissionais com resultados excelentes.
Homeopatia - Existem vários recursos em homeopatia para o trabalho de parto, para auxiliar no relaxamento, na dilatação, na indução e aceleração.
Acupuntura – pode ser usada para alívio da tensão, indução e aceleração do parto.
Cromoterapia - relaxa durante as contrações e suaviza muito as sensações fortes da expulsão, quando aplicada diretamente sobre a vulva.
Terapia Floral - abaixa o nível de ansiedade, ajuda a lidar com o medo, tranquiliza e acalma, permite uma percepção mais aguçada, reforça a resistência física e emocional
Essas são apenas algumas das sugestões. Existem aparatos interessantes como a bola suíça, uso de óleos vegetais específicos, objetos familiares à parturiente. Preparação para o parto, leitura de livros, conversas com outras mães, também são ótimas opções. Tudo é válido quando o objetivo é proporcionar uma rica experiência de parto, que possa inaugurar com chave de ouro uma nova fase para a família envolvida.
Por Amigas do Parto
Outro fato é que a intensidade da dor do parto varia de mulher para mulher e de gestação para gestação de acordo com diversos fatores: limiar individual, grau de relaxamento, intimidade como o ambiente, apoio de familiares e profissionais, preparação e outros tantos… É uma dor diretamente influenciada por fatores psicológicos, funcionais e emocionais. Quando estamos com medo, ficamos tensas, e a nossa tensão faz a dor aumentar. É um ciclo bem conhecido, o ciclo do medo-tensão-dor. Vale para qualquer tipo de dor.
Um terceiro fator que às vezes soa estranho é que a dor do parto é "esquecida". É freqüente ouvirmos as mulheres dizerem que tão logo o bebê está nos braços, a dor já foi completamente esquecida. É diferença daquelas cólicas menstruais que lembramos, algumas realmente inesquecíveis. Ou aquela dor de dente que destruiu nosso fim-de-semana. Se nos esforçarmos um pouco, dá pra sentir a danada de novo!
O certo é que uma boa experiência de parto significa, entre outras coisas, lidar com a dor normal inerente ao processo de abertura do colo do útero e aliviar ou eliminar as dores desnecessárias, provenientes de tensões, medos, ambientes impróprios, manobras médicas discutíveis ou presença de pessoas indesejadas.
E embora essa dor seja tão peculiar, lidar com ela não é muito diferente do que lidar com outras dores. Os recursos que podemos usar são universais: água morna, respiração, distração, encorajamento, carinho, apoio, balanço ritmado, massagem, relaxamento, meditação, oração, visualização, pressão, alongamento, respiração, vocalização, movimentação do corpo, ouvir música, cantar, gritar, gemer, chorar.
É claro que nem todos os recursos funcionam da mesma forma para toda mulher. Somos indivíduos diferentes. Nossos desejos, nossos desafios, o que nos move, tudo é individual. É bom lembrar que por isso mesmo qualquer procedimento médico ligado ao parto, não só aqueles ligados à dor, devem ser adotados individualmente e nunca rotineiramente. Rotina é para máquinas, não para gente e menos ainda para parturientes.
Quando nos sentimos confortáveis e seguras, aumentamos nossa capacidade de relaxar e assim nos concentrar no trabalho de parto. O trabalho de parto é feito de esforço, concentração, dedicação. Existem elementos ambientais, recursos humanos e técnicos que podem ser de grande ajuda nessa tarefa intensa de dar à luz um bebê.
ELEMENTOS E RECURSOS
Apoio – pode ser obtido do companheiro, mãe, amiga, doula ou uma combinação dessas pessoas. Não sentir-se solitária nesse momento tão importante e intenso, ser cuidada com massagens, carinho e informações, tudo isso pode ser uma grande ajuda na travessia do processo do parto. É importante que você confie nas pessoas que estão a sua volta, que perceba a sintonia entre todas elas e sua genuína intenção de estarem te auxiliando no bom êxito do seu trabalho de parto. Deve haver compreensão, paciência, competência e respeito para com seus ritmos e tempos.
Silêncio, privacidade e ambiente discreto – não ter que falar durante as contrações, não ter que ouvir conversa paralela, ou vozes alteradas de comando, até sons de ambientes vizinhos, não ter pessoas entrando e saindo o tempo todo, tudo isso ajuda no trabalho de parto.
Iluminação – para a maioria das mulheres, um ambiente na penumbra ou na meia luz é mais propício ao relaxamento. Você pode fechar cortinas, usar abajures, lâmpadas mais fracas, etc..
Música – para algumas mulheres a música é relaxante, para outras pode ser fonte de perturbação. O importante é que cada mulher escolha se quer ou não quer música, quando e quais músicas devem ser tocadas durante o trabalho de parto.
Velas, aromas, cores – o uso de outros elementos ambientais podem ser muito importantes individualmente. Aromas, incensos, velas, luzes de cores especiais, enfim, todo recurso ambiental é válido e não deve ser desprezado, desde que seja de escolha da parturiente, e que seja disponibilizado nos momentos e intensidades desejados por ela.
Posicionamento – algumas posições servem para corrigir apresentações inadequadas do bebê, podem aumentar o fluxo sanguíneo do útero ou podem dar mais conforto. Embora bastante óbvio, é comum médicos ou regras hospitalares restringirem a posição da parturiente, deitada de lado durante o trabalho de parto ou de costas na hora da expulsão.
Mobilidade – auxilia na mobilidade dos ossos da bacia e diminui o tempo de trabalho de parto. Também é óbvio, mas da mesma forma é comum as mulheres terem que passar o trabalho de parto deitada em macas em salas de pré-parto.
Massagem – os impulsos nervosos gerados pela massagem em determinadas regiões do corpo vão competir com as mensagens de dor que estão sendo enviadas ao cérebro, reduzindo as sensações de dor. São impulsos nervosos diferentes, competindo pelos mesmos receptores do cérebro. Essa massagem deve ser aplicada nos pés e mãos e funcionam como a técnica de contra-pressão (feita nas costas, durante a contração, na altura da borda superior da bacia). Massagens aplicadas nos ombros e pescoço são melhores entre as contrações e ajudam a relaxar. Já a massagem suave na barriga, braços e pernas dá a sensação de apoio físico e companheirismo. Todas têm grande valor.
Respiração – embora ninguém se "esqueça" de respirar, existem técnicas que ajudam a aumentar a oxigenação durante as contrações e o relaxamento durante os intervalos. Basicamente, entre contrações a respiração deve ser calma e profunda, propiciando maior relaxamento. Durante a contração, usa-se uma respiração mais acelerada, começando lenta e ficando mais curta e rápida no auge da contração (como cachorrinho), voltando aos poucos a ficar mais profunda e longa conforme a contração vai se dissolvendo. Essa respiração aumenta a oxigenação. Embora essas sejam dicas úteis para o parto, a adaptação varia de mulher para mulher e ao longo do trabalho de parto. Não exitem regras fixas, mas muitas mulheres se sentem bem ao receber essas dicas das pessoas que a estão acompanhando. Outras mantêm indutitivamente um ótimo ritmo respiratório, sem necessidade de auxílio.
Uso da água – um recurso importante, nas suas variadas formas. O chuveiro morno sobre as costas é relaxante e diminui a sensação de dor. Não há limite de tempo para a mulher permanecer no chuveiro. A água muito quente pode causar alguma queda de pressão. As banheiras comuns ou de parto também são relaxantes, podem fazer diminuir o inchaço, e diminuem a sensação de dor. O ideal é que a imersão seja feita quando a dilatação já atingiu 5 ou 6 cm, para que não haja desaceleração do trabalho de parto. Saiba mais sobre o parto na água e o uso da água no trabalho de parto.
Relaxamento – a importância do relaxamento está em não permitir que você e seu corpo lutem contra a dilatação ou contra as dores por ela provocadas. Essa luta provoca tensão, que por sua vez desacelera o trabalho de parto e provoca mais dor. É assim que o relaxamento permite que seu útero faça o trabalho. Relaxar significa entre outras coisas se desconectar dos pensamentos ruins, das preocupações, do mundo exterior. A prática da meditação durante a gravidez facilita o relaxamento na hora do trabalho de parto.
Visualização – para muitas mulheres esse recurso é importante, pois promove o relaxamento e diminui as tensões. A parturiente pode visualizar o bebê descendo pela bacia, o bebê saindo de dentro dela, seu colo se abrindo, água caindo, coisas ficando pesadas e pendentes, enfim, tudo o que tenha uma simbologia de descida e abertura.
TERAPIAS CLASSIFICADAS COMO ALTERNATIVAS
Apesar de não estar entre as terapias "cientificamente comprovadas", têm sido largamente empregadas por diversos profissionais com resultados excelentes.
Homeopatia - Existem vários recursos em homeopatia para o trabalho de parto, para auxiliar no relaxamento, na dilatação, na indução e aceleração.
Acupuntura – pode ser usada para alívio da tensão, indução e aceleração do parto.
Cromoterapia - relaxa durante as contrações e suaviza muito as sensações fortes da expulsão, quando aplicada diretamente sobre a vulva.
Terapia Floral - abaixa o nível de ansiedade, ajuda a lidar com o medo, tranquiliza e acalma, permite uma percepção mais aguçada, reforça a resistência física e emocional
Essas são apenas algumas das sugestões. Existem aparatos interessantes como a bola suíça, uso de óleos vegetais específicos, objetos familiares à parturiente. Preparação para o parto, leitura de livros, conversas com outras mães, também são ótimas opções. Tudo é válido quando o objetivo é proporcionar uma rica experiência de parto, que possa inaugurar com chave de ouro uma nova fase para a família envolvida.
Por Amigas do Parto
sábado, 17 de março de 2012
Benefícios da Amamentação para a Saúde das Mulheres
Sabemos que o aleitamento materno traz inúmeras vantagens bio-psico-sociais para a mulher. Sob o ponto de vista biológico assim que a placenta é eliminada, os hormônios ocitocina e prolactina, dentre tantos outros, entram em ação, comandando este espetáculo da natureza!
A ocitocina liberada na amamentação, com o intuito de auxiliar a contração das células mioepiteliais, contribui para a ejeção láctea. Ela também é responsável pela contração uterina após a saída da placenta a partir do momento em que a mulher inicia a amamentação, imediatamente após o nascimento do bebê. Isso reduz o risco de hemorragia pós parto e contribui para a preservação dos níveis séricos de ferro.
A prolactina, hormônio responsável pela produção do leite, deve ser estimulada (08 a 12 vezes/dia) através do reflexo mamilar, para que esta produção se mantenha durante o tempo desejado pela mulher. O que mais recentemente foi divulgado é o efeito deste hormônio em conjunto com a ocitocina. Os neurofisiologistas concluíram que esta associação direciona o amor desta mulher para o seu filho. Ou seja, altos níveis de ocitocina liberados concomitantemente com a prolactina contribuem para o aumento do amor materno, enquanto altos níveis de ocitocina e baixos níveis de prolactina estão relacionados ao amor genital.(1) As ações comportamentais destes hormônios sugerem que a amamentação funciona como facilitadora do relacionamento entre a mulher e seu recém-nascido, favorecendo o vínculo afetivo e, conseqüentemente, contribuindo para o aumento do prazer e da felicidade desta mulher neste período.
Para esta etapa acontecer de maneira mais tranqüila para a mulher, é necessário que a equipe de cuidadores conheça o mecanismo de produção e ejeção do leite, assim como as crenças e mitos em relação ao aleitamento materno e a cultura na qual está inserida esta mulher e seus familiares. É importante ressaltar que a equipe fique atenta ao estado da mulher como um todo: como está seu estresse físico e emocional, seu ambiente familiar, estrutura de apoio, como está o seu recém nascido. Medo e experiências anteriores podem ser revividos neste momento e dificultar esta nova experiência. São vários fatores que interferem diretamente nesta fase e isso pode se manifestar de maneira consciente ou inconsciente. Quando a mulher puérpera está razoavelmente atendida em suas necessidades básicas, ela tende a enfrentar este período de maneira mais tranqüila e segura, e com seu poder vital mais fortalecido.(2)
Se acrescentarmos a este conhecimento o fato de que tanto a mulher quanto o recém-nascido liberam grandes quantidades de endorfina durante o aleitamento (que, como qualquer opióide, pode levar a estados de dependência) podemos sugerir que a interação destes hormônios facilitará ainda mais o estabelecimento do vínculo afetivo, contribuindo para uma capacidade adaptativa maior neste período crítico da vida da mulher e do bebê. O gasto energético desprendido na amamentação e o aumento do metabolismo contribuem para um retorno mais rápido ao peso ideal, aumentando, assim, a auto-estima desta mulher.
Além das vantagens psicológicas, a mulher que amamenta estará mais protegida contra o câncer de mama, ovário e útero, assim como provavelmente contará com uma proteção extra contra osteoporose após a menopausa.
Dentro deste contexto puerperal, uma das vantagens do aleitamento materno para a saúde da mulher é a realização da mesma quando esta o desejar, desde que “este trajetar seja acompanhado em sua totalidade e não apenas a interface do aleitamento materno”.(2)
Ao prestarmos cuidado integral à mulher-puérpera/família possuidora de um poder vital interagindo com seu meio ambiente estaremos favorecendo para que o processo da amamentação proporcione satisfação à mulher. E quando isso não acontece como nós desejamos, podemos criar situações constrangedoras para a mulher e equipe cuidadora.
“Ser mãe pressionada pelo paradigma vigente pode ser padecer. Ser mãe vinculada afetivamente ao filho é um paraíso. E a amamentação é uma das chaves deste paraíso”. E ainda: “A mãe não poderá jamais ser tratada como um objeto, uma espécie de mamadeira natural. Deve, sim, ser o centro de nossa atenção e ação. A amamentação só se dá através dela, e só se dará a contento se suas necessidades físicas, emocionais, sociais, culturais, intelectuais e profissionais forem pelo menos razoavelmente atendidas. É preciso cuidar bem da mãe para que ela possa cuidar bem do bebê.”(3)
A mulher, ao realizar-se amamentando seu filho, estará combatendo a violência intrafamiliar. E conforme estudiosos deste tema, a mulher amamentando seu bebê “estará dando o primeiro passo para uma sociedade baseada nos valores do coração”.
Outra realização é a possibilidade da mulher refletir e definir prioridades de saúde, que devem satisfazer seus objetivos vitais e alcançar seu bem estar.
Autonomia, criticismo e capacidade de reflexão são características dos seres humanos. Tendo-as respeitadas e estimuladas, a mulher terá habilidade para definir prioridades de saúde. A equipe cuidadora deve refletir mais sobre estes aspectos, e assim conduzir este momento da mulher/família com mais sabedoria e sensibilidade.
Os mestres exemplares da história nos recordam uma atitude fundamental que devemos ter para a integralidade do ser humano: o cuidado. Dentro desta perspectiva, é que o nosso trabalho com a mulher-puérpera/RN/família deve ser conduzido.
Unimed Grande Florianópolis
A ocitocina liberada na amamentação, com o intuito de auxiliar a contração das células mioepiteliais, contribui para a ejeção láctea. Ela também é responsável pela contração uterina após a saída da placenta a partir do momento em que a mulher inicia a amamentação, imediatamente após o nascimento do bebê. Isso reduz o risco de hemorragia pós parto e contribui para a preservação dos níveis séricos de ferro.
A prolactina, hormônio responsável pela produção do leite, deve ser estimulada (08 a 12 vezes/dia) através do reflexo mamilar, para que esta produção se mantenha durante o tempo desejado pela mulher. O que mais recentemente foi divulgado é o efeito deste hormônio em conjunto com a ocitocina. Os neurofisiologistas concluíram que esta associação direciona o amor desta mulher para o seu filho. Ou seja, altos níveis de ocitocina liberados concomitantemente com a prolactina contribuem para o aumento do amor materno, enquanto altos níveis de ocitocina e baixos níveis de prolactina estão relacionados ao amor genital.(1) As ações comportamentais destes hormônios sugerem que a amamentação funciona como facilitadora do relacionamento entre a mulher e seu recém-nascido, favorecendo o vínculo afetivo e, conseqüentemente, contribuindo para o aumento do prazer e da felicidade desta mulher neste período.
Para esta etapa acontecer de maneira mais tranqüila para a mulher, é necessário que a equipe de cuidadores conheça o mecanismo de produção e ejeção do leite, assim como as crenças e mitos em relação ao aleitamento materno e a cultura na qual está inserida esta mulher e seus familiares. É importante ressaltar que a equipe fique atenta ao estado da mulher como um todo: como está seu estresse físico e emocional, seu ambiente familiar, estrutura de apoio, como está o seu recém nascido. Medo e experiências anteriores podem ser revividos neste momento e dificultar esta nova experiência. São vários fatores que interferem diretamente nesta fase e isso pode se manifestar de maneira consciente ou inconsciente. Quando a mulher puérpera está razoavelmente atendida em suas necessidades básicas, ela tende a enfrentar este período de maneira mais tranqüila e segura, e com seu poder vital mais fortalecido.(2)
Se acrescentarmos a este conhecimento o fato de que tanto a mulher quanto o recém-nascido liberam grandes quantidades de endorfina durante o aleitamento (que, como qualquer opióide, pode levar a estados de dependência) podemos sugerir que a interação destes hormônios facilitará ainda mais o estabelecimento do vínculo afetivo, contribuindo para uma capacidade adaptativa maior neste período crítico da vida da mulher e do bebê. O gasto energético desprendido na amamentação e o aumento do metabolismo contribuem para um retorno mais rápido ao peso ideal, aumentando, assim, a auto-estima desta mulher.
Além das vantagens psicológicas, a mulher que amamenta estará mais protegida contra o câncer de mama, ovário e útero, assim como provavelmente contará com uma proteção extra contra osteoporose após a menopausa.
Dentro deste contexto puerperal, uma das vantagens do aleitamento materno para a saúde da mulher é a realização da mesma quando esta o desejar, desde que “este trajetar seja acompanhado em sua totalidade e não apenas a interface do aleitamento materno”.(2)
Ao prestarmos cuidado integral à mulher-puérpera/família possuidora de um poder vital interagindo com seu meio ambiente estaremos favorecendo para que o processo da amamentação proporcione satisfação à mulher. E quando isso não acontece como nós desejamos, podemos criar situações constrangedoras para a mulher e equipe cuidadora.
“Ser mãe pressionada pelo paradigma vigente pode ser padecer. Ser mãe vinculada afetivamente ao filho é um paraíso. E a amamentação é uma das chaves deste paraíso”. E ainda: “A mãe não poderá jamais ser tratada como um objeto, uma espécie de mamadeira natural. Deve, sim, ser o centro de nossa atenção e ação. A amamentação só se dá através dela, e só se dará a contento se suas necessidades físicas, emocionais, sociais, culturais, intelectuais e profissionais forem pelo menos razoavelmente atendidas. É preciso cuidar bem da mãe para que ela possa cuidar bem do bebê.”(3)
A mulher, ao realizar-se amamentando seu filho, estará combatendo a violência intrafamiliar. E conforme estudiosos deste tema, a mulher amamentando seu bebê “estará dando o primeiro passo para uma sociedade baseada nos valores do coração”.
Outra realização é a possibilidade da mulher refletir e definir prioridades de saúde, que devem satisfazer seus objetivos vitais e alcançar seu bem estar.
Autonomia, criticismo e capacidade de reflexão são características dos seres humanos. Tendo-as respeitadas e estimuladas, a mulher terá habilidade para definir prioridades de saúde. A equipe cuidadora deve refletir mais sobre estes aspectos, e assim conduzir este momento da mulher/família com mais sabedoria e sensibilidade.
Os mestres exemplares da história nos recordam uma atitude fundamental que devemos ter para a integralidade do ser humano: o cuidado. Dentro desta perspectiva, é que o nosso trabalho com a mulher-puérpera/RN/família deve ser conduzido.
Unimed Grande Florianópolis
sexta-feira, 16 de março de 2012
Pródomos , o que é ?
O trabalho de parto é antecedido por um período preparatório denominado de pré-parto, período prodrômico (ou pródromo de trabalho de parto) ou período premonitório. Nesta etapa vários sinais estão presentes, demonstrando que o trabalho de parto e o nascimento do bebê se aproximam. O período premonitório do parto ou período pré-parto é caracterizado pela presença de contrações, por vezes dolorosas, que ocorrem em intervalos e intensidade irregulares, não apresentando ritmo. Essas contrações não são efetivas para dilatar o colo uterino e constituem o chamado “falso trabalho de parto”, onde, embora haja contrações, não há alteração do colo do útero (ou seja, não há a dilatação do mesmo com progressão para o nascimento do bebê). Nesta fase há a descida do fundo uterino (a barriga materna fica mais baixa), decorrente do encaixamento da cabeça do bebê na pelve materna. Essa descida da cabeça do bebê acarreta no aumento de dores lombares e dores nas articulações dos ossos do quadril da gestante. As vezes a única manifestação é uma sensação de “peso” na região supra-púbica (na região da bexiga).Há ainda nesta fase, uma secreção exacerbada de muco pelas glândulas presentes no colo uterino, sendo eliminada uma secreção mucosa pela vagina, acompanhada ou não de sangue em pequena quantidade. Este sinal é chamado de perda de tampão mucoso. O colo uterino fica mais amolecido e progressivamente mais curto ao toque vaginal (processo chamado de amadurecimento do colo). Próximo ao final da gestação, as contrações se tornam mais freqüentes e intensas e a regularidade associada à dilatação do colo uterino caracterizam o trabalho de parto que se inicia. Não é possível dizer o exato momento em que há a transição do período pré-parto para o trabalho de parto, pois o período premonitório do parto pode anteceder o parto em dias; e esta transição ocorre normalmente de forma gradual e quase insensível.
Por Vivian Peron
segunda-feira, 12 de março de 2012
As Falsas Indicações de Cesárea!
Dizem que vilanizamos os GOs (Gineco-Obstetras), mas nós Doulas realmente precisamos vilanizá-los? Ora, eles fazem isso por si só! (Eu frizo sempre que salvo raras e abençoadas exceções, pois ainda existem profissionais abertos a novas atitudes, a novas maneiras e humanizados, repeitosos ao momento máximo na vida de uma mulher).
Mas infelizmente a esmagadora maioria ainda é de cesaristas, os GOs adeptos as cesáreas eletivas, que agendam partos, que cronometram tudo e querem otimizar o tempo e tudo pra quê? É mais lucro? É a forma como aprenderam e não se dispõem a mudar, melhorar? Seja lá como for, essa "classe" das cesáreas eletivas se alastrou em proporções absurdas e alarmantes no Brasil, um país que tem a ilusória historinha montada na mente de que cesárea é moderno e seguro, que é indolor, que é mais fácil pra mulher, ora parem!
Céus, leiam pessoas! O PN (Parto Natural) é significativamente MUITO mais seguro que uma cesárea, pois há quem não leve em conta que uma cesárea é uma cirurgia como outra qualquer, que implica riscos de hemorragia, complicações uterinas, complicações e reações a anestesia, problemas na amamentação, pois o bebê não vem no tempo dele, a mãe não tem a descarga de ocitocina natural (hormônio que induz as contrações e o "descer" do leite) entre outras tantas complicações que podem haver e não nego que PN pode ter também suas complicações, mas nada comparado a algo como uma cirurgia, que muitos já se esqueceram que foi criada para salvar vidas em casos de sofrimento materno/fetal e não para o comodismo!
Ah! mas o PN é demorado, cansativo, dói demais, porquê se prestar a tamanho sofrimento? Ora, porque é natural! Porque é uma dor de saúde e não de doença, porque simplesmente seu corpo foi feito e anseia por isso e seu bebê igualmente, merece nascer quando estiver maduro, as dores podem e muito serem amenizadas com técnicas de massagem, acupressão, mudança de posição, banheira ou ducha, bola suiça, rebozo, ou seja, uma infinidades de maneiras de amenizar uma dor que na verdade é o que lhe tráz o bebê, a cada contração, a cada dor é seu bebê mais perto dos seus braços, de forma digna e humana, sem intervenções, sem drogas, sem tapinha nas costas, colírios ácidos, sucções desnecessárias, corte de cordão precoce, banho imediato, tudo isso é fator de stress ao bebê, mas em um PN humanizado o bebê vai direto pro peito da mãe, quer lugar melhor?
Sem falar no fator de amadurecimento fetal, poucos sabem que assim que os pulmões amadurecem e estão prontos pra respirar no mundo aqui de fora, secretam uma substância que inicia o TP (Trabalho de Parto) é o chamado surfactante e naturalmente através do próprio bebê o TP se inicia sem induções, sem pressa, sem hora marcada, então é sensato o bebê ser retirado do ventre materno sem nenhuma indicação plausível? Não, claro que não!
As indicações de cesárea mais famosas e batidas são:
1ª O bebê é muito grande pra sua cavidade pélvica - (Típico de Cesarista Médium que já prevê que seu cólo não vai dilatar)
2ª Passou da hora - Espera aí, como passou da hora se são os pulmões maduros do bebê que secretam o surfactante para iniciar o TP e decidem a hora? (Típico doCesarista Surdo, ele não vai ouvir esse "detalhe" e vai continuar afirmando a posição dele)
3ª Bolsa Rota (Bolsa de Líquido Amniótico rompida a um certo tempo) - se a bolsa está rota o bebê está sem água, está em sofrimento fetal - Calma ai doutor! O BCF (Batimento Cardíaco Fetal) diminuiu, indicando sofrimento? E outra doutor, quando a bolsa rompe a cabeça no bebê "fecha" o canal tal como uma rolha justamente pela perfeição do corpo humano, pra evitar um caminho fácil pra infecções! (Típico doCesarista Compromissado, ele tem que cumprir a agenda neh, vamos entender! Ahh tah! Ahãn)
4ª Essa é a predileta - Circular de cordão e olha que não é só uma não, são umas 18 circulares! Aí o próprio cesarista já está assinando que ele passou na faculdade de medicina com Q.I. (quem indica) porque se o doutor não é capaz de desfazer uma circular de cordão no nascimento, você vai confiar nele com um bisturi? Mas eles não param por ai, colocam medo, do bebê sufocar, aí comprovam mesmo que compraram o diploma, porque o bebê até sair por completo do canal vaginal, NÃO respira pela traquéia!!! Respira por onde sempre respirou, pelo cordão! Sem falar que uma circular de cordão pode ser vista no último ultrassom e minutos depois se desfazer pois o bebê mesmo ja encaixado, tem mobilidade pra isso, então mais um mito! (Típico deCesarista Fatalista, daqueles que assistem demais drama na TV)
5ª Você não tem Resistência a Dor - Essa é pra acabar...Espera aí doutor o senhor já me viu parindo pra saber? Ah, não, claro que não o doutor é cesarista! (Típico do Cesarista Vidente que já prevê seu comportamento e já sabe que não vai aguentar uma dor que nem ele mesmo sabe como é, pois nunca vai passar por isso!)
6ª Mas "mãezinha" a cesárea é mais segura, mais rápida pra você ter seu bebê nos braços, você será melhor assistida...Calma aí, rápida pra sua agenda porque eu não tenho pressa de parir, meu bebê não vem direto pra mim, passa por inúmeros procedimentos antes e depois estarei tão dopada de anestésico que mal conseguirei ficar acordada pra vê-lo e quanto ao melhor assistida concordo mesmo, meia dúzia de pessoas que não conheço, mascaradas, num ambiente frio e impessoal, super assistida mesmo, de formas que eu nem gostaria! (Típico do Cesarista Infantilista, Mentiroso e Ladrão, aquele que "preza pelo bem da mãezinha" e quer te poupar te diminuindo, mente sobre as maravilhas da cesárea e rouba SEU parto de você!)
Essas são as mais comuns indicações de desneCESÁREAS, mas eles estão evoluindo e criando novos argumentos ainda mais comprometedores pra própria categoria e nós Doulas que os vilanizamos? Ora, faça o favor GOs! Se situem!
Cesárea não é Parto, é Cirurgia!
Quem faz o Parto é a mulher, não o GO, EO, Obstetriz ou Doula, são vocês mulheres que tem pra si essa tarefa e honra, vai repassar essa benção pra quê? Vai dar seu parto de mão beijada?
Lute! Se informe! Pesquise, pergunte, tenha uma segunda, terceira, quarta opinião, converse com mães de PN, participe de fóruns on-line mesmo, hoje em dia falta de informação é escolha pois estamos aqui, alí e acolá, em todos os cantos, Doulas unidas para vencer as cesáreas eletivas e lutar por Partos Humanizados e dignos!
(Por Sabrina - Doula)
PS: Nós doulas já sabemos, mas divulguem, pois há sempre uma gestante, tentante, puerpéria que pode ter dúvidas e/ou também identificar se foi vítima de uma cesárea eletiva!
Link do Blog onde está o artigo: http://divinoauxilio-doula.blogspot.com/
sexta-feira, 9 de março de 2012
Curso Shanon - Inscrições Abertas
A equipe Shanon tem o prazer de convidá-los para participar da Edição de Março do Curso Shanon para ´Pais Grávidos´!
Para participar você deverá ir a uma de nossas lojas, onde você receberá mais orientações. As inscrições são limitadas e serão feitas por ordem de chegada.
Nosso Curso é oferecido gratuitamente porém nesta Edição contaremos com a sua doação de um pacote de fraldas M ou Gpara o Lar Recanto do Carinho que deverá ser entregue no momento da inscrição.
quinta-feira, 8 de março de 2012
quinta-feira, 1 de março de 2012
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